São Paulo, terça-feira, 27 de março de 2007

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Coreano anuncia criação de primeiro lobo clonado

Grupo espera auxiliar na sobrevivência da espécie

Kim Mi-Ok/France Presse
Cientistas sul-coreanos exibem clone de uma fêmea de lobo


DA REUTERS

Um grupo de cientistas sul-coreanos antes liderados pelo veterinário Woo-Suk Hwang, julgado por fraude, anunciou ontem a criação dos primeiros lobos clonados, duas fêmeas. O objetivo da pesquisa é ajudar a espécie escapar à extinção.
A equipe da Universidade Nacional de Seul, que também já havia produzido o primeiro clone de um cachorro, em 2005 - um galgo-afegão de nome Snuppy -, apresentou os dois animais ontem. Batizados de Snuwolf and Snuwolffy ("Loba da Universidade Nacional de Seul" e "Lobinha da Universidade Nacional de Seul", respectivamente), eles nasceram um ano e meio atrás.
Os coreanos precisaram de um tempo maior para a publicação dos dados porque qualquer nova dúvida poderia ser considerada fraude, disse um membro do grupo. "Normalmente, periódicos científicos não fazem perguntas sobre a verificação do DNA mitocondrial, mas nós tivemos de produzir essas provas por causa dos problemas anteriores", disse o professor Byung-Chun Li, o atual líder do grupo.
O cientista afirmou que o periódico "Cloning and Stem Cells" vai publicar os dados dessa nova clonagem, em um de seus próximos números.
Para o pesquisador sul-coreano, a clonagem do lobo coreano poderá ajudar na sobrevivência da espécie. Lobos não são vistos na natureza no país há 20 anos. A única alcatéia conhecida da espécie tem dez membros e vive em um parque.

Direitos readquiridos
Apesar da falsificação dos dados das pesquisas com células-tronco embrionárias humanas, as auditorias feitas na clonagem dos cachorros nunca encontraram irregularidades.
Em dezembro, outros três galgos-afegãos foram clonados pelo mesmo grupo, que afirmou ter conseguido aprimorar mais sua técnica de clonagem.
Após o sucesso com as pesquisas em animais, os cientistas sul-coreanos podem agora retomar as pesquisas com células-tronco. O governo acabou de liberar esse tipo de estudo, suspenso desde o episódio Hwang. O pesquisador, acusado de mau uso do dinheiro público e de violações éticas, ainda passa por julgamento.


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