São Paulo, quarta, 27 de maio de 1998

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Italiano traz ao Brasil terapia controversa

Ana Carolina Fernandes/Folha Imagem
O médico italiano Luigi di Bella (de avental), em um hospital do Rio


da Sucursal do Rio

Criticado por cientistas, que o acusam de não ter comprovação da terapia que usa contra o câncer, mas muito popular em seu país, o italiano Luigi di Bella, 86, chegou ao Brasil sem fornecer dados da suposta eficácia de seu método.
Di Bella veio ao Brasil para divulgar o seu trabalho. Ele atendeu em consulta 22 pacientes no Hospital da Lagoa, no Jardim Botânico (zona sul do Rio).
As consultas foram realizadas com o apoio do Ministério da Saúde. Até o final da tarde, o médico continuava a atender os pacientes, sem sequer parar para comer.
Alegando falta de tempo para dar entrevistas, Di Bella designou o médico italiano Domenico Scilipoti para falar com a imprensa.
A terapia de Di Bella emprega hormônios, como a melatonina (hormônio que regula os ciclos do sono), e as vitaminas A e E.
Scilipoti afirmou que "muitos trabalhos científicos" de Di Bella foram publicados em revistas especializadas, que não identificou.
Scilipoti disse que Di Bella tratou 40 mil pacientes na Itália, mas não informou o número de curas, dizendo que "cada tumor é um tumor particular". "Com segurança (o índice de cura) é maior que o do tratamento tradicional", disse.



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