São Paulo, sexta-feira, 28 de abril de 2000


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COSMOLOGIA
Dados devem reforçar teoria de expansão do Universo
Brasileiros vão ao pólo Sul para detectar a radiação cósmica

MARCELO FERRONI
Editor-assistente de Ciência

Cientistas do Brasil e dos EUA deverão ir à Antártida em novembro para realizar novas medições que constatem que o Universo está em uma expansão contínua, e que não deverá "implodir".
A equipe deverá detectar, por meio de instrumentos acoplados a balões, a radiação cosmológica de fundo, que permeia o Universo e foi gerada após o Big Bang -explosão que deu origem ao Universo, há cerca de 15 bilhões de anos.
O estudo de variações microscópicas de temperatura dessa radiação mostra a densidade de matéria inicial do Universo e, assim, pode indicar o destino do cosmo.
Ontem, um estudo da Universidade de Roma, publicado na revista "Nature", mostrou que, devido à densidade detectada por balões de um projeto chamado Boomerang, o Universo deverá continuar em uma expansão contínua, mesmo após o combustível de suas estrelas se esgotar.
A equipe brasileira é liderada por Thyrso Villela Neto, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). O projeto, chamado Beast, é conduzido em conjunto com a Universidade da Califórnia em Santa Bárbara e com a Nasa. Sua missão, ainda sem data marcada, deverá detectar a radiação de fundo em frequências diferentes que o Boomerang.


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