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Cientistas do Japão criam macacos transgênicos
Manipulação faz pele de sagui emitir uma luz verde
DA FRANCE PRESSE
Pesquisadores japoneses
anunciaram ontem a criação de
um macaco transgênico. É a
primeira vez que a alteração genética feita na espécie é transmitida aos filhotes.
Como resultado da manipulação, a pele desses primatas
passa a emitir uma luz verde
fluorescente quando exposta à
luz ultravioleta.
Os resultados obtidos com o
sagui-comum (Callithrix jacchus), animal nativo do Brasil,
poderão abrir novos caminhos
nas pesquisas médicas, segundo os cientistas.
"Grandes avanços em pesquisas pré-clínicas poderão ser
obtidos com esses modelos",
afirma o grupo de pesquisa, ligado à Universidade Keio.
Um dos caminhos, por exemplo, é simular nos macacos
doenças severas que atingem os
humanos, como o Parkinson.
A inserção de um gene que
codifica a proteína verde fluorescente, famoso biomarcador
que rendeu até um Nobel aos
seus descobridores, ocorreu diretamente nos embriões.
Ao todo, sete macacos receberam o material geneticamente modificado. No total, nasceram cinco filhotes com o gene
da proteína verde. Mas em apenas dois deles a modificação
chegou até as células reprodutivas, o que significa que os filhotes desses embriões também terão a alteração genética.
Apesar do sucesso do experimento, divulgado hoje na revista "Nature", ele não deixa de ser
polêmico, como reforça a publicação em seu editorial. O
grande temor com técnicas como essa, dizem aqueles que são
contra esses estudos, é que elas
possam, um dia, serem usadas
direto nos seres humanos.
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