São Paulo, sexta-feira, 28 de novembro de 2008

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Áreas contempladas incluem mudança do clima, astrofísica e estudos dos EUA

DA REDAÇÃO
DO ENVIADO A BRASÍLIA

De terremotos à astrofísica, passando por estudos dos EUA e de geleiras, a lista de linhas de pesquisa a serem financiadas nos novos institutos é ampla.
O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Astrofísica, coordenado pelo professor João Evangelista Steiner, da USP, é um dos contemplados. "No nosso caso, a questão é mais estratégica. O objetivo do nosso grupo será pensar onde estaremos daqui a 15 anos. A astronomia brasileira colhe frutos hoje por causa dos observatórios Gemini e Soar [ambos instalados no Chile]. O primeiro começou há 15 anos e o segundo há 2 anos", afirmou o cientista à Folha.
O objetivo do Instituto Nacional de Mudanças Climáticas, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), é mais pragmático. O grupo terá R$ 7,2 milhões para desenvolver um modelo climático brasileiro que possa prever, assim como fazem os grandes grupos de modelagem do mundo hoje, as exatas conseqüências do aquecimento global.
"O que anima é a possibilidade de fazer pesquisa integrada e interdisciplinar", diz o coordenador do centro, o climatologista Carlos Nobre. Ele pilotará uma rede que envolve 74 grupos de pesquisa nacionais e 14 internacionais.
O país também ganhará seu primeiro centro de pesquisas da criosfera (nome dado aos 10% da superfície terrestre permanentemente cobertos por gelo). Sediado na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), o centro liderado por Jefferson Simões abrigará um laboratório especial para a armazenagem e o estudo de testemunhos (cilindros) de gelo escavados em geleiras na Antártida ou nos Andes.
A missão do instituto também tem a ver com mudanças do clima. Segundo Simões, a idéia é avaliar o impacto do degelo no nível do mar.


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