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Identificação genética do diabetes
tipo 2 pode ajudar no tratamento
FERNANDA CALGARO
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Pesquisadores brasileiros estão
estudando mutações genéticas
que levam ao diabetes tipo 2 para
buscar um diagnóstico molecular
para a doença no país.
A análise genética de subtipos
dessa variedade da moléstia, que
corresponde a 80% ou 90% de todos os casos, pode ajudar na intervenção precoce.
As experiências são conduzidas
com base nas formas de mutação
presentes em outros grupos populacionais, como o diabetes mitocondrial e a síndrome de Wolfram, pois um gene que sofre alteração em determinado grupo pode não se expressar em outro.
O diabetes mellitus do tipo 2 é
uma mutação genética resultante
de defeitos na ação e secreção de
insulina, hormônio produzido
pelo pâncreas e responsável pela
absorção de glicose (açúcar) pelo
organismo. Além da genética, fatores ambientais, como obesidade e sedentarismo, contribuem
para o aparecimento da doença.
Os experimentos da Universidade Federal de São Paulo incluíram parcelas da população brasileira em geral e nipo-brasileira.
"No caso dos nipo-brasileiros,
por exemplo, chegamos à conclusão de que uma mutação mitocondrial, encontrada em até 3%
da população no Japão, não foi
achada no grupo avaliado", afirmou a endocrinologista Regina
Moisés, responsável pelo estudo
na Unifesp, durante o 12 Congresso Latino-Americano de Diabetes, em São Paulo.
"Ainda há um longo trabalho
pela frente, pois a maioria dos genes que conferem suscetibilidade
à doença na população brasileira
é desconhecida."
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