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Satélite italiano cai no Pacífico
DA REPORTAGEM LOCAL
Os fragmentos do satélite italiano Bepposax mergulharam na
noite de ontem no oceano Pacífico, deixando aliviados os mais de
30 países -inclusive o Brasil-
que estavam sob risco de serem
atingidos pelos destroços.
Segundo informou a ASI (agência espacial italiana) no fim da
noite de ontem por telefone, o impacto dos destroços teria ocorrido
às 18h06 (horário de Brasília), numa área remota do oceano. Os italianos não devem conduzir operação para resgatar os detritos.
Estimativas da agência davam
conta de que mais de 40 pedaços,
com até 120 kg, poderiam resistir
ao atrito com o ar e chegar ao solo.
A chance de que um dos pedaços
atingisse uma pessoa era mínima,
mas autoridades de diversos países, inclusive a Agência Espacial
Brasileira, estavam prontas para
qualquer contingência.
O satélite, com massa total de
aproximadamente 1,4 tonelada,
foi construído pelos italianos, em
colaboração com a Holanda, para
o estudo dos raios X vindos do espaço cósmico. O equipamento foi
lançado ao espaço em 1996, numa
órbita baixa (cerca de 600 km de
altitude) com uma pequena inclinação, ou seja, quase exatamente
sobre a linha do Equador.
A missão científica da nave foi
concluída em 30 de abril de 2002.
Depois disso, o satélite deixou de
ter sua órbita corrigida. O atrito
com as camadas mais altas da atmosfera gradativamente diminuiu a altitude, o que culminou
com a reentrada, ontem. Como a
volta à Terra não foi realizada de
forma controlada (como aconteceu com as 135 toneladas da estação espacial Mir, em 2001), era
impossível prever exatamente onde os destroços iriam cair.
(SN)
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