São Paulo, sábado, 31 de maio de 2008

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Pós-doutorado ganha R$ 37 mi para 600 projetos, afirma governo

Novo programa visa estimular inovação em empresa e expandir pós-graduação

DA REDAÇÃO

O governo federal dará R$ 37 milhões para financiar cerca de 600 projetos de pós-doutorado nos próximos cinco anos. O anúncio será feito na semana que vem em Brasília pelos ministérios da Ciência e Tecnologia e da Educação.
Segundo o presidente do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), Marco Antonio Zago, o PNPD (Programa Nacional de Pós-Doutorado) atende a um duplo objetivo: aumentar a pós-graduação no país e estimular a inovação tecnológica. Parte dos projetos financiados poderá ser feita em empresas. "Não adianta ficar pregando dentro da universidade que tem de ter inovação, porque quem faz isso é empresa."
O pós-doutorado é uma modalidade de pós-graduação pouco financiada no Brasil, mas que tem respondido por uma fatia cada vez maior da produção científica mundial.
Após o doutorado, o cientista passa alguns anos efetivamente trabalhando na instituição.
Hoje, as bolsas de pós-doutorado no Brasil são de até três anos. Pelo novo programa, elas terão duração de cinco anos. Os cientistas cujos projetos venceram o edital conjunto aberto no ano passado pelo CNPq (ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia) e pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) terão R$ 3.300 por mês, mais um auxílio anual de R$ 12 mil para despesas de laboratório.
O dinheiro do programa vem dos fundos setoriais.
Segundo Zago, o novo programa atende também aos grupos de pesquisa já instalados em universidades brasileiras que precisam ampliar o número de cientistas mas que não conseguem fazê-lo com a velocidade necessária devido à lentidão natural das universidades para contratar e ao descompasso que às vezes há entre grupos e instituições. "Você pode ter um grupo expressivo em pesquisa, mas que não é prioritário para a expansão da universidade naquele momento."


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