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Pós-doutorado ganha R$ 37 mi para 600 projetos, afirma governo
Novo programa visa estimular inovação em empresa e expandir pós-graduação
DA REDAÇÃO
O governo federal dará R$ 37
milhões para financiar cerca de
600 projetos de pós-doutorado
nos próximos cinco anos. O
anúncio será feito na semana
que vem em Brasília pelos ministérios da Ciência e Tecnologia e da Educação.
Segundo o presidente do
CNPq (Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e
Tecnológico), Marco Antonio
Zago, o PNPD (Programa Nacional de Pós-Doutorado) atende a um duplo objetivo: aumentar a pós-graduação no país e
estimular a inovação tecnológica. Parte dos projetos financiados poderá ser feita em empresas. "Não adianta ficar pregando dentro da universidade que
tem de ter inovação, porque
quem faz isso é empresa."
O pós-doutorado é uma modalidade de pós-graduação
pouco financiada no Brasil,
mas que tem respondido por
uma fatia cada vez maior da
produção científica mundial.
Após o doutorado, o cientista
passa alguns anos efetivamente
trabalhando na instituição.
Hoje, as bolsas de pós-doutorado no Brasil são de até três
anos. Pelo novo programa, elas
terão duração de cinco anos. Os
cientistas cujos projetos venceram o edital conjunto aberto no
ano passado pelo CNPq (ligado
ao Ministério da Ciência e Tecnologia) e pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior) terão R$ 3.300 por mês, mais um
auxílio anual de R$ 12 mil para
despesas de laboratório.
O dinheiro do programa vem
dos fundos setoriais.
Segundo Zago, o novo programa atende também aos grupos de pesquisa já instalados
em universidades brasileiras
que precisam ampliar o número de cientistas mas que não
conseguem fazê-lo com a velocidade necessária devido à lentidão natural das universidades
para contratar e ao descompasso que às vezes há entre grupos
e instituições. "Você pode ter
um grupo expressivo em pesquisa, mas que não é prioritário
para a expansão da universidade naquele momento."
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