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Insumo para pesquisa vai acabar, diz bióloga
DA REPORTAGEM LOCAL
As 15 maiores clínicas de reprodução assistida do Brasil,
juntas, armazenam hoje 9.914
embriões congelados. A informação consta do mais recente
censo realizado pela SBRA (Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida). O problema é
que, pelo texto atual da lei de
Biossegurança, apenas os embriões que entraram em congelamento antes 2005 podem ser
usados em pesquisas, e só há
3.219 nessas condições.
"Vai chegar alguma hora que
não vai ter mais embrião", diz
Lygia da Veiga Pereira, pesquisadora da USP que tenta derivar a primeira linhagem brasileira de células-tronco embrionárias humanas. Segundo ela,
os cientistas tiveram de aceitar
o limite quando a lei era negociada. "Foi um preço razoável a
se pagar para que se pudesse
começar as pesquisas."
Para Pereira, porém, a limitação não deve atrapalhar, por
enquanto. "Os embriões que temos de antes de 2005 devem
ser suficientes para essa fase de
início da linha de pesquisa aqui
no Brasil", diz. "À medida que
as pesquisas mostrarem resultados mais promissores, a gente pode embasar melhor um
pedido para uma alteração na
lei. Mas não é coisa para agora."
Segundo Pereira, o aumento
do interesse sobre a área também pode ajudar no futuro.
"Espero que a gente consiga
agora atrair a iniciativa privada
para essa área, já que não existem mais questionamentos à
legalidade da pesquisa."
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