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Vazamento segue e EUA já falam em "esperar pelo pior"
Injeção de lama falha e BP diz que seria positivo parar fluxo até agosto
BP agora tentará barrar o óleo colocando sobre o vazamento uma nova cúpula; a estratégia, porém, já falhou antes
Jae Hong/Associated Press
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Na Louisiana, grupo se reúne para limpar os resíduos de petróleo que chegam à praia
DE SÃO PAULO
Após o fracasso de sua
operação para conter o vazamento de petróleo no Golfo
do México, a BP anunciou
ontem um novo plano, enquanto admite que não conseguirá fazer o vazamento
parar nas próximas semanas.
"Se conseguirmos conter o
fluxo do poço até agosto, fazendo com que não se derrame mais óleo no mar, será
uma saída positiva", disse
Bob Dudley, diretor-geral da
BP, após constatar que a tentativa de injetar resíduos sólidos no poço não havia conseguido deter o óleo.
Essa estratégia, chamada
de "Top Kill", foi abandonada em definitivo. "Estamos
decepcionados. Não fomos
capazes de controlar o fluxo
do poço. O vazamento foi
enorme", disse Dudley. A BP
tinha dito antes que o "Top
Kill" tinha entre 60% e 70%
de chance de funcionar.
Enquanto isso, Carol
Browner, conselheira sênior
de Barack Obama na área
ambiental, disse que o governo está "se preparado para o
pior". Ela disse que "o povo
americano precisa saber"
que a Casa Branca está preocupada com a possibilidade
de o problema não se resolver nos próximos meses.
Pelo menos 80 milhões de
litros do combustível fóssil
foram derramados no mar
desde o desastre começou,
há cinco semanas.
Browner reafirmou que o
desastre ambiental é "provavelmente o pior que já enfrentamos neste país", deixando para trás o derramamento de óleo provocado pelo petroleiro Exxon Valdez,
no Alasca, em 1980.
TENTE OUTRA VEZ
A BP tentará agora usar
uma cúpula de contenção similar à utilizada no início de
maio. Ela falhou porque cristais de gelo se formaram, impedindo que o petróleo fosse
canalizado a uma plataforma
na superfície.
Segundo Dudley, o fracasso trouxe lições para os engenheiros que poderiam ser utilizadas na nova cúpula.
O chefe das operações da
BP, Doug Suttles, admite, porém, que mesmo se a operação for bem sucedida, só poderá conter parte do petróleo. Isso porque os engenheiros perceberam que não será
possível fazer uma cúpula
com um encaixe perfeito,
que canalize todo o petróleo.
Por isso, a empresa está fazendo novas perfurações. A
ideia é canalizar o petróleo
por um poço secundário, fazendo com que a pressão do
reservatório diminua e o vazamento se reduza até parar.
Essas perfurações vão levar, porém, pelo menos dois
meses até ficarem prontas. A
conselheira de Obama reforçou que o governo está pressionando a BP para que elas
saiam o quanto antes.
Com "New York Times"
e agências internacionais
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