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Álcool também reduz "smog", afirma cientista
DA REPORTAGEM LOCAL
A mesma redução de 43% nas
concentrações de ozônio revelada pela simulação feita com o
uso da gasolina da Califórnia
pelos carros da região metropolitana de São Paulo seria
atingida se todos os consumidores optassem por encher o
tanque com álcool, mostra o estudo da USP.
Mas o aparente ganho do biocombustível é imediatamente
relativizado pela própria autora do estudo, a química Leila
Martins. "Precisamos conhecer mais o impacto de toda a cadeia de produção do álcool para
termos certeza de que é um
processo realmente limpo."
Nos seis cenários preparados
para o estudo, o álcool e a gasolina californiana foram os que
deram, de longe, os melhores
resultados de toda a análise.
Nos outros quatro, os ganhos
ocorreram, mas em menor escala. No cenário que simulou o
uso da gasolina padrão da
União Européia pelos carros da
região metropolitana de São
Paulo, a diminuição na concentração de ozônio foi de 21%.
Ganho pequeno
Os outros dois casos simularam os padrões de gasolina que
a ANP (Agência Nacional de
Petróleo) estuda implantar no
Brasil nos próximos anos.
"A situação, em relação à de
hoje, praticamente não mudou", disse Martins. A queda
média na concentração de ozônio foi de apenas 11%.
No último cenário, fictício,
Martins calculou um corte de
40% em todas as principais famílias químicas presentes na
gasolina envolvidas com a formação do ozônio. O resultado,
neste caso, ficou em 26%.
Além dos cenários, o modelo
usado pela pesquisadora nascida em Londrina (PR) é alimentando com várias outras informações, todas reais.
A lista é formada por dados
climáticos, informações sobre a
poluição na cidade (do mês de
setembro de 2004) e dados topográficos da região metropolitana de São Paulo.
(EG)
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