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Plantão Médico
JULIO ABRAMCZYK Os convênios odontológicos A mesma insatisfação dos médicos com os convênios de atendimento dos planos de saúde surge agora com os dentistas em relação aos planos odontológicos. O problema, nos dois casos, está no pagamento pelo serviço prestado. Os dentistas recebem, segundo o Crosp (Conselho Regional de Odontologia de São Paulo), menos de R$ 10 por consulta; pela extração dentária, R$ 15. As entidades de classe recomendam o valor médio da consulta de R$ 70, mas os convênios pagam uma fração desse valor. O presidente do Crosp, Emil Adib Razuk, diz que, em onze anos, de 2000 a 2011, o número de clientes dos planos odontológicos saltou de 2,7 milhões para 16 milhões. O faturamento dessas empresas em 2010 foi de R$ 1,6 bilhão. E, acrescenta Razuk, elas pagaram aos dentistas R$ 627 milhões, ou menos de 40% do total recebido. O presidente do Crosp destaca que os planos odontológicos construíram um modelo de negócio predatório, que se mantém por conta da exploração de sua principal mão de obra, o dentista, que é altamente qualificada. A situação vai se tornar insustentável, prevê Razuk, e a odontologia suplementar vai entrar em colapso pela evasão dos dentistas no atendimento de clientes dos planos odontológicos. E os maiores prejudicados serão os 16 milhões de usuários dos convênios, que deixarão de ter assistência odontológica mesmo se estiverem em dia com as mensalidades. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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