Foco

Primeira chinesa em órbita retorna com sucesso à Terra

	France Presse
	Funcionários do programa espacial chinês carregam a astronauta Liu Yang, de 33 anos

Terminou com êxito a missão que levou a primeira chinesa ao espaço. A nave Shenzhou-9, lançada no dia 16, aterrissou ontem com sucesso no país asiático.

Além da primeira mulher taikonauta (como são chamados os astronautas da China), a viagem também teve outro ponto histórico. Foi a primeira vez que uma nave tripulada do país realizou uma manobra de acoplamento com outra em órbita.

Com o feito, a China se juntou aos Estados Unidos e à Rússia no seleto clube de nações que realizaram a manobra com sucesso. Esses três países também são os únicos que já conseguiram mandar pessoas ao espaço usando apenas meios próprios.

A nave aterrissou por volta das 10h locais (23h de Brasília) em Siziwang, localidade ao norte da região autônoma da Mongólia Interior (norte da China).

Após 13 dias de missão, os taikonautas Jing Haipeng, Liu Wang e Liu Yang -a primeira mulher chinesa a viajar ao espaço- voltaram para casa em "boas condições", segundo a equipe médica que os atendeu após o pouso.

Os astronautas foram recebidos com uma breve cerimônia, depois de se adaptar à gravidade da Terra e sair da nave, uma hora depois da aterrissagem.

"Essa conquista teve um significado muito importante para a corrida espacial chinesa", disse o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, no Centro de Controle Aeroespacial de Pequim.

POLÍTICA

A China quer demonstrar, com seu programa espacial, que está capacitada tecnologicamente para trabalhar em bases permanentes no espaço, em resposta à reserva de países como os EUA à sua participação na ISS (Estação Espacial Internacional).

Nessa última missão, a nave se acoplou ao módulo Tiangong-1, com capacidade de receber até três astronautas e de realizar pequenos experimentos científicos. A China espera lançar até 2022 sua estação espacial completa.