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Plantão Médico

JULIO ABRAMCZYK - julio@uol.com.br

Acidentes com motocicletas

O AUMENTO progressivo dos acidentes entre os profissionais da motocicleta está despertando a atenção dos analistas de riscos ocupacionais.

Em cidades brasileiras de pequeno e médio porte, o tradicional táxi está sendo substituído pelo mototáxi. Para o passageiro, há vantagem na rapidez do transporte e no menor custo, apesar do desconforto de um capacete.

Na "Revista Brasileira de Epidemiologia", Camila Amorim, Edna Araújo, Tânia Araújo e Nelson Oliveira, da Universidade Estadual de Feira de Santana (BA), analisam os acidentes de trabalho entre mototaxistas em Feira de Santana.

Cerca de 10,5% dos 267 profissionais, entre os 300 cadastrados em 20 pontos de mototáxi na cidade, sofreram acidentes de trabalho ao fim de um ano nessa atividade.

Todos usavam capacete, e a maioria dos acidentes não envolveu outras vítimas. Após o acidente, cerca de 27% desses profissionais se afastaram do trabalho por uma semana, em média. A maioria dos mototaxistas é do sexo masculino e trabalha oito ou mais horas por dia, de seis a sete dias por semana. No fim da jornada diária, 45,3% deles relatam fadiga muscular nos braços e 46,8%, nas pernas.

Os autores assinalam não ter incluído no estudo a possibilidade de sequelas e incapacidade laboral ligadas aos acidentes. Destacam a necessidade de melhores condições de trabalho em uma profissão que exige longas jornadas sob pressão e exigência de produtividade crescente.

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