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Drogas poderão pôr fim a infecções de HIV

Afirmação é de diretor do departamento de Aids da Organização Mundial da Saúde

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Um crescente arsenal de remédios poderá, algum dia, ajudar a pôr fim a novas infecções de HIV, afirmou o diretor do departamento de HIV/Aids da OMS (Organização Mundial da Saúde), Gottfried Hirnschall.

A chave é encontrar a maneira de administrar melhor os últimos avanços, de acordo com Hirnschall.

A FDA (agência federal de alimentos e medicamentos dos EUA) anunciou anteontem a aprovação do Truvada como primeira pílula para ajudar a prevenir o HIV em alguns grupos de risco.

A OMS se prepara para divulgar diretrizes para a administração de remédios antirretrovirais como prevenção para pessoas saudáveis

A entidade também planeja lançar neste domingo (22), na Conferência Internacional sobre a Aids, nos EUA, seu primeiro relatório global sobre resistência aos medicamentos anti-HIV em países de renda média e baixa.

O uso de drogas antes da exposição ao vírus é um enfoque promissor, diz Hirnschall. "Acreditamos que esse seja um nicho de intervenção em indivíduos para os quais outras formas de prevenção podem não ser acessíveis ou difíceis de implementar."

"Essa é uma intervenção adicional que poderá se somar ao arsenal de intervenções que temos", disse.

Os antirretrovirais reduzem o risco de transmissão do vírus e salvaram cerca de 700 mil vidas no mundo em 2010, uma conquista extraordinária, segundo os especialistas.

REPERCUSSÃO

A Unaids (agência das Nações Unidas de luta contra a Aids) comemorou a aprovação pela FDA.

No entanto, a ONG Aids Healthcare Foundation, uma das principais entidades de apoio a pacientes e pesquisas de HIV/Aids, criticou a decisão da FDA de aprovar o tratamento sem exigir testes para o vírus.

"A aprovação sem a exigência é um passo que fará com que os esforços para a prevenção retrocedam anos", disse Michael Weinstein, presidente da ONG.

Segundo ele, a FDA se apressou em aprovar o tratamento, apesar de estudos apresentados terem conclusões díspares a respeito desse tipo de estratégia.

"A ação é negligente e, infelizmente, resultará em novas infecções, resistência às drogas e efeitos colaterais sérios em muitas pessoas."

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