Comilança nos EUA, Thanksgiving tem receitas em tablets e telefones

Peru, abóbora, batata-doce, vagem, molho de cranberry. Se o preparo evoluiu e as receitas ganharam a rede e se multiplicaram, os ingredientes básicos do jantar mais importante do calendário festivo americano são os mesmos de 390 anos atrás.

Em 1621, quando os colonizadores da região onde hoje é Massachusetts se reuniram para um banquete de três dias celebrando a colheita farta no que historiadores consideram o primeiro Dia de Ação de Graças dos EUA, as cozinhas eram menos equipadas e a variedade de alimentos, mais restrita.

O que mudou -e continua mudando- são as formas de se chegar até ela.

Receitas de família perdem lugar para uma miríade de aplicativos para celulares e tablets -alguns, como o Epicurious, somaram a seu cardápio tradicional neste feriado, comemorado hoje, 204 formas de preparar o peru.

Nenhum feriado nos EUA é mais sinônimo de comilança do que este (nem o Natal).

"No meu primeiro Thanksgiving, levei uma salada de palmito. Achei que iria incorporar um elemento brasileiro. Ninguém comeu", diz a brasileira Fernanda Guimarães Rosa, 50, há 15 nos EUA.

A data também não pertence a nenhuma religião, embora as graças sejam dadas em forma de oração.

Feriado desde que o presidente Abraham Lincoln assim o fez em 1865, o dia é celebrado na quarta quinta-feira de novembro. É sempre em torno da mesa que se celebra. Não há grande sofisticação, a graça é a fartura.

Veja a lista de aplicativos para o Thanksgiving

folha.com/no1010522