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Vinhos Patrícia Jota O prazer de beber sem altas viagens Pinot noir de além-mar O lar dessa cobiçada variedade é a Borgonha, mas outras fronteiras geram vinhos extraordinários A colheita na Borgonha, França, se encerrara havia uma semana -em 15 de setembro- quando Frédéric Drouhin, diretor geral do prestigiado Domaine Joseph Drouhin, e membro da quarta geração do clã, aterrissou em São Paulo. Veio conhecer o mercado brasileiro antes de ir ao Oregon, onde a vindima acontece em outubro. Desde 1988, a família mantém uma operação nessa região noroeste dos Estados Unidos, na costa do Pacífico, produzindo um branco chardonnay e três tintos pinot noir. "Ali podemos fazer como bem entendemos", disse Frédéric, ao justificar a expansão além-mar, já que, na Borgonha, as restritivas leis barram invenções. Sempre tive curiosidade de provar um pinot noir do Oregon -que dizem ser a Côte d'Or do Novo Mundo- e essa foi a minha grande chance. O Domaine Drouhin Oregon Pinot Noir mostrou ser páreo aos exemplares da Borgonha, com bastante finesse, fruta vermelha delicada, um frescor agradável e leve tostado. Ou teria isso a ver com o DNA francês de seus mentores? Preciso provar outros rótulos do Oregon para chegar a uma conclusão. Enquanto isso, vou me esbaldando em outras fronteiras. Uma boa novidade que chegou ao Brasil foi a spätburgunder (como os alemães chamam a uva pinot noir) da vinícola Meyer-Näkel, um tinto superaromático -atenção, com 14 graus de álcool! Outro país que se tornou abrigo para a uva tinta da Borgonha é a Nova Zelândia. De lá, chegam vinhos pinot noir mais maduros. O Chile também vem explorando essa variedade em zonas próximas do Pacífico, como os vales de Casablanca e San António.
Domaine Drouhin 2008
Meyer-Näkel Dernauer Pfarrwingert 2007
Tabalí Reserva Esp. 2010
Cloudy Bay 2008 |
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