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A gourmet - Alexandra Forbes

Tendências gastronômicas mundo afora

Locomotiva Brasil a todo vapor

Por mais que reclamem dos preços altos, os clientes continuam comendo fora e gastando como nunca

Cheguei hoje a Montréal, onde moro, depois de dois meses no Brasil, em que vi ferver a cena gastronômica. Quantos "restaurateurs" me contaram de projetos novos!

Com sócios, Juscelino Pereira segue expandindo um império ao qual acrescentou uma pizzaria e um francês elegante, ambos nos Jardins.

Há dois japoneses novos de sushimen de alto quilate: Momotaro e Aze Sushi. Sylvio Lazzarini me falou entusiasmado da inauguração, em breve, da filial de sua churrascaria Varanda Grill. Paulo de Barros, chef que fez fama com o (hoje vendido) Due Cuochi, divide seu tempo entre o Italy, de massas, e os ajustes finais de menu e treinamento do Girarrosto, monumental casa de grelhados à italiana que ele inaugura na sexta onde funcionou o bar Pandoro.

O chef Marcílio Araújo me cumprimentou no Figurati ao voltar de Brasília, onde abriu filial do bistrô paulistano Le Vin. Almocei em um novo espaço para jantares privados e experimentações gastronômicas de Rodrigo Oliveira, do Mocotó. Fotografei os chiquemente repaginados salões do Dalva e Dito, de Alex Atala, e do Ici Bistrô, do chef Benny Novak. Provei a galinha ao molho pardo que estrelará o menu do Attimo, sofisticado italiano que o chef Jefferson Rueda está para abrir com o restaurateur Marcelo Fernandes (do Kinoshita e do Clos de Tapas). Uma "steakhouse" será acoplada ao segundo andar do Butcher's Market no mês que vem.

Encontrei a chef Helena Rizzo, cujo parceiro de vida e cozinha, Daniel Redondo, estava fora, no "pop-up" que montaram na semana de moda (vem aí filial carioca do Maní?). Entrevistei Rafael Costa e Silva, que deixou o posto de braço-direito de Andoni Aduriz, chef-proprietário do número 3 no mundo, o Mugaritz, na Espanha, para voltar ao seu Rio natal. Está sondando candidatos a sócio-investidor e quer fazer cozinha moderna e autoral, de preferência na zona sul carioca.

E parti com a impressão de que, por mais que reclamem dos preços altos, os clientes continuam comendo fora e gastando como nunca. A locomotiva Brasil avança em marcha rápida, e vão crescendo os que sabem tirar partido da bonança.

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