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Vinhos - Alexandra Corvo O prazer de beber sem altas viagens O lado branco da Itália Melhor que tentar desvendá-los, é perder-se com eles QUE NINGUÉM morre de tédio na Itália, não sou eu que estou inventando. Todo o mundo sabe disso. Mas, para quem gosta de sair mesmo do comum e tem uma veiazinha de Indiana Jones, a Itália é realmente um paraíso. É para aqueles que se emocionam com pequenos tesouros em forma de vinho. É para quem gosta de desvendar rótulos que, muitas vezes, parecem hieróglifos ininteligíveis, com seus nomes de regiões desconhecidas e uvas mais incógnitas ainda. De norte a sul, a Itália oferece uma variedade de brancos impressionantes, com estilos que vão desde leves e diluídos até monumentos da vitivinicultura, frutos de uma gama vastíssima de uvas locais. Ao norte, os estilos são definidos pelo clima fresco, como no Piemonte, onde brilham as uvas cortese, arneis, ou no Vêneto, onde a garganega dá vinhos delicados e a prosecco, espumantes festivos. No Friuli, a ribolla gialla é a rainha dos vinhos "laranjas" (brancos fermentados e envelhecidos com as cascas), enquanto que no outro extremo, na Liguria, a vermentino dá vinhos cítricos e delicados. No centro do país, talvez o branco mais famoso seja o orvieto, da Úmbria, feito com um corte de uvas no qual a grechetto, por sua fineza, aparece cada vez em maior porcentagem. O sul é particularmente rico em uvas autóctones. Os vinhos têm sempre um caráter quente, alcoólico por causa do clima mediterrâneo. Fiano e Greco, conhecidas por seus DOCGs na Campanha, circulam também entre outras regiões, em diferentes clones na Puglia e na Calábria. A Sicília tem suas carricante, catarrato, inzolia, ansonica, para citar algumas. No universo dos brancos italianos, melhor que tentar desvendá-los, é perder-se com eles. -
A Mano 2010
Masseria Trajone Inzolia 2010
Villa Russiz Ribolla Gialla 2009 |
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