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Vinhos - Alexandra Corvo O prazer de beber sem altas viagens O rosé além da piscina Tente acompanhá-lo com comidas mais temperadas; Escolhendo o estilo certo, pode ter gratas surpresas Há UM certo preconceito contra o vinho rosé. Não como uns anos atrás, de não gostarem antes de provar, de achar que é coisa de mulher. O novo preconceito é pior: de que o vinho rosado é algo indefinido, nem tinto, nem branco, como se vivesse num limbo, sem tipicidade cultural e que não devemos cobrar nada dele, desde que seja frutado, fácil, bom para tomar gelado, de preferência, em volta da piscina. Não é bem assim. O rosé aparece em estilos que variam conforme a região, o clima, as uvas e a cultura. Há alguns rosés menos exuberantes e frutados que são ótimas companhia para acompanhar os bons pratos do outono. É só escolher bem. O estilo da Provença, um dos mais tradicionais, é bem clarinho na cor. São comuns as notas florais e de ervas aromáticas. São pouco frutados, têm estrutura delicada, mas persistente, como tudo no sul da França. São ideais para pratos com queijo de cabra, com ervas aromáticas e carregados de azeite. A Espanha tem uma tradição antiga de rosados. Lembro-me quando morava lá, existiam até alguns Gran Reservas, com longos períodos de envelhecimento em carvalho. Eles são mais raros hoje. Mesmo assim, regiões mais continentais oferecem estilos tostados e carnosos, muito apimentados. São excelentes para carnes gordas, queijos mais secos e presunto cru. Também não é o estilo de vinho que nos vem à cabeça quando pensamos em Portugal. Mas, sim, o país produz bons exemplares. O rosé é mais do que um vinho de saladinha, de piscina. Tente acompanhá-lo com comidas mais temperadas. Escolhendo o estilo certo, pode ter gratas surpresas.
Bertarose Chiaretto 2010
Protos Rosé 2009
Domaine St-Hilaire 2010
Angelus Bairrada Escolha Rosé |
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