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Ritmo da cozinha

Ao mesmo tempo em que músicos mostram aptidão para a culinária, chefs têm talento para a música e tocam até em bandas de hardcore

EDSON VALENTE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Para alguns músicos, ao contrário do que diz a letra de uma canção dos Titãs, comida está longe de ser pasto.

Ao cozinhar para familiares e amigos, eles empregam seu talento artístico para compor e executar receitas.

É o caso da cantora e compositora Bárbara Eugênia, que destaca as receitas italianas e brasileiras entre as suas mais executadas.

A moqueca que prepara, diz, faz sucesso. "Faço a baiana, gosto muito de azeite de dendê e leite de coco."

Seu repertório culinário inclui o picadinho, a feijoada e o tradicional arroz com feijão, feito com feijão-manteiga.

Ela conta que sua trajetória em gastronomia começou aos 12 anos, no Rio. "Cada um tinha uma tarefa em casa. A de cozinhar cabia a mim."

Depois que foi morar sozinha, aos 18, trabalhou como garçonete em um restaurante. Aos 20, casou-se com um chef e tomou gosto por "comer bem e não ter preconceito com nenhum prato".

Do aprendizado, surgiu o trabalho de assistente de uma amiga que monta e testa, em casa, cardápio de restaurantes.

BATATA FRITA

A Blitz de Evandro Mesquita ficou famosa nos anos 80 com a leveza de versos como "Ai, amor, pede uma porção de batata frita", da canção "Você não soube me amar".

Na cozinha do músico e ator, porém, fritura não tem vez -nem comidas "pesadas". Do gosto pela cozinha surgiu um restaurante de comida natural, aberto com amigos em Saquarema (RJ). "Ajudava na cozinha", diz.

O casal Rita Lee e Roberto de Carvalho também se dedicam a receitas. "Adoro preparar comida vegetariana, mas gosto de tudo, contanto que não tenha pimenta. Sou alérgico", afirma Carvalho.

Entre seus hits gastronômicos está um panaché de cogumelos. "Faço com três gotas de azeite bem quente, um pouco de alho, cebola e shoyu", completa o músico.

"Após a fritada, deixe dar uma evaporada de leve, o que resulta em um molho que pode ser servido com risoto ou macarrão. Fica delicioso numa salada de endívias com agrião, arroz integral e um purê de abóbora."

CANTOR

Do outro lado, o chef Henrique Fogaça, do Sal, também é músico. "Toco desde os 10 anos e hoje canto numa banda", diz, referindo-se ao Oitão, grupo de punk e hardcore que montou com amigos e faz shows por todo o país.

A vocação para a culinária deu seus primeiros sinais aos 15 anos, quando foi morar só com a irmã, em Ribeirão Preto. "Ligava para a minha mãe e para a minha avó para pedir receitas", afirma.

No caso do chef Benny Novak, do Ici Bistrô e do 210 Diner, que começou a estudar violão aos 10 anos, uma especialidade levou à outra.

"Na adolescência, queria ter um bar para tocar com os amigos", afirma.

Cozido de carnes com mandioquinha

INGREDIENTES
500 g de costela suína
300 g de linguiça calabresa
500 g de grão-de-bico (pré-cozido)
300 g de abóbora
300 g de mandioquinha
300 g de aipim
1 cebola grande
4 dentes de alho
4 tomates
Cheiro-verde, pimenta-do-reino e sal a gosto

PREPARO
Refogue a cebola e o alho
Acrescente a linguiça
Doure a costela em uma frigideira à parte e a inclua no refogado
Acrescente o grão-de-bico, o tomate, o aipim e água e cozinhe por 20 minutos
Depois, acrescente a mandioquinha
20 minutos depois, adicione a abóbora ao cozido
Ao final de 2 horas de cozimento, prove o caldo e as carnes
Se estiver ao seu gosto, tempere com cheiro-verde, pimenta-do-reino e sal
Sirva quente

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