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Popularização do sushi levou à alta dos preços MARI HIRATAESPECIAL PARA A FOLHA, DE TÓQUIO O primeiro leilão do Tsukiji, o maior mercado de peixes do mundo, também começa o ano cheio de símbolos e presságios. O melhor "hon maguro" (o atum-azul) leiloado no primeiro dia de abertura do mercado neste ano atingiu o recorde histórico. Custou R$ 736 mil, o dobro do preço do ano passado. A boa notícia é que ele foi arrematado por uma cadeia japonesa de restaurantes (a Sushi Zanmai). Nos últimos anos, os chineses estavam levando a melhor no primeiro leilão do ano. Um atum pode atingir esse preço inacreditável quando algumas condições se impõem, como o peso, o tipo, a origem, a época e o método de pesca. ANZOL O peixe em questão tinha 269 kg, grande para a média pescada no país. Era do tipo "bluefin", o mais apreciado pela sua carne vermelho-escura e por possuir o melhor "torô" (a barriga). Foi pescado com anzol (e não em rede) na parte mais gelada do mar de Aomori, em janeiro. Graças às técnicas modernas, logo que mordeu a isca foi eletrocutado, sem tempo de se debater (o que formaria hematomas na carne) e soltar adrenalina, hormônio que estragaria seu gosto delicado. O aumento espetacular dos preços é consequência da popularização do sushi no mundo e da recente entrada dos outros povos asiáticos como grande apreciadores de atum. Os chineses, que não comiam o atum cru, viraram grandes fãs do produto. O atum é o prato favorito no Japão. Não é à toa que a tecnologia da pesca está cada vez mais avançada no país. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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