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Menu de motel Para o Dia dos Namorados, o crítico da Folha Josimar Melo avalia os pratos, enquanto o casal de sommeliers Manoel Beato e Gabriela Monteleone analisa os vinhos em motéis de São Paulo
CRÍTICO DA FOLHA A aproximação do Dia dos Namorados traz a muitos casais a perspectiva de enfrentar uma dupla fila -a do restaurante, e a do motel. E se uma delas fosse pulada? E se todas as funções previstas para a noite se concentrassem num só lugar? Sendo mesas de restaurante desconfortáveis para certo tipo de repasto, o lugar para a noitada completa -jantar, inclusive- seria o motel. Mas estariam os motéis preparados para alimentar todas as fomes dos amantes? Quatro anos depois de ir a campo para responder essa questão, voltei a garimpar. Constatei que o cenário não evoluiu muito desde então -ao menos nessa amostragem de estabelecimentos que estão entre os mais reputados. Muitos podem objetar: quem disse que motel foi feito para comer comida? Por que teriam a obrigação de excelência nessa área? Mas seria o mesmo que dizer que a um hotel caberia somente fornecer quarto limpo e cama decente, sendo boa comida dispensável. Uma noção que perdeu qualquer sentido, pelo menos desde que a dupla César Ritz/Auguste Escoffier (hoteleiro e chef) iniciaram a colaboração que, apoiada na excelência dos hotéis e seus restaurantes, mudou o cenário da gastronomia ocidental nos séculos 19 e 20. O que dessa tradição aportou nos motéis -que vendem estadias de 12 horas, nas quais é lícito supor que os amantes precisem comer? Muito pouco. Impera mais uma noção de quebra-galho, que é manifesta em várias formas, como pude constatar e descrevo a seguir. Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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