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Ouro prata ou bronze?

Se existisse uma Olimpíada da Gastronomia, os ingleses não seriam cotados sequer para o bronze, mas chefs criativos e bons ingredientes mostram que o país pode surpreender

JOSIMAR MELO
CRÍTICO DA FOLHA

Em meio ao frenesi das competições dos Jogos Olímpicos de Londres, mesmo o mais fanático amante dos esportes (tão fanático que decidiu assistir in loco) há de convir: em algum momento é preciso comer.

A boa notícia é que, depois de gozar por séculos da fama de túmulo da gastronomia, Londres hoje pode se gabar, para sorte de seus visitantes, de ser instigantemente mais gourmet.

Motivo de eterna pilhéria dos vizinhos do sul do continente, a cozinha inglesa fez jus à fama. Ao longo dos tempos, a moral protestante -que privilegia a oração e o trabalho, e abomina os prazeres da carne (inclusive os da mesa)- tornou a refeição algo banal e pragmático, sem sofisticação nem gozo.

Somente em finais do século 20 começou uma reviravolta. O prato típico, "fish and chips" (fritura com fritura), começou a dar lugar a receitas criativas, ingredientes frescos e grandes chefs ingleses (o que era uma raridade).

Agora, em Londres, já vale a pena torcer pela hora da refeição.

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