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Vinhos O prazer de beber sem altas viagens Brancos que esquentam ALEXANDRA CORVOFiz uma seleção de brancões densos, que acompanham bem as noites mais frias Esta coluna já, praticamente, nasce marginal. Em um país onde se toma muito mais vinho tinto que branco, mesmo no verão, imagine no inverno: falar de brancos é quase uma transgressão. Mas transgredir é comigo mesmo e não há nada mais divertido do que encontrar boas versões de vinhos poucos esperados para uma determinada situação. A situação? O inverno. Os vinhos pouco esperados? Brancos. Fiz uma seleção de brancões densos, encorpados, cheios de força que acompanham bem as noites mais frias ou, ainda, se for o caso, pratos mais potentes no sabor e textura. Para isso, precisamos buscar vinhos em regiões de clima seco no verão -e os climas bem ensolarados nos dão as melhores opções. Isto porque o sol enche as uvas de açúcar, que logo nos presentearão com vinhos cheios de álcool e calor. O norte da Itália tem vinhedos altos de frente para o sol da manhã que amadurece as uvas à perfeição. A região de Rueda, na Espanha, é conhecida por vinhos de caráter fresco, mas as safras mais quentes dos últimos anos têm nos dado vinhos mais amplos e gorduchos. O sul da Borgonha tem um aspecto diferente do norte, já que é abençoada com sopros de ventos quentes do Mediterrâneo e ganham notas mais maduras que outras zonas ao norte. E, claro, os vinhedos vertiginosos de Salta, na Argentina, a quase 3.000 metros de altitude, onde o sol beija de frente seus vinhedos, tornando seus vinhos perfumadas surpresas para o inverno. Lembrete: esqueçam os baldes cheios de gelo. Tomem os vinhos frescos, mas não gelados, para desfrutar de toda a sua amplitude. Texto Anterior | Índice | Comunicar Erros |
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