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Estradas do rock levaram novo colunista ao mundo da cerveja

Sady Homrich, 48, tomou gosto pela cerveja por dois caminhos: pela engenharia e pela música.

Durante o curso de engenharia química na PUC-RS, tinha de visitar cervejarias e estudar os processos de produção. Como músico do Nenhum de Nós, banda da qual é baterista desde sua criação, há 26 anos, começou a viajar e a conhecer rótulos que não chegavam a Porto Alegre (RS), onde nasceu e mora até hoje.

"Faltava muito às aulas para ensaiar, por isso demorei oito anos para me formar na faculdade. Em compensação, fiquei especialista em engenharia, música e cerveja", diz Homrich, que estreia nesta edição coluna quinzenal sobre a bebida (leia ao lado).

No começo da carreira de músico, no início dos anos 80, tocava percussão em um grupo de samba. Mas a década era mesmo do rock nacional. Com amigos, influenciados por bandas como Legião Urbana, criou o Nenhum de Nós, que lançou músicas como "Camila, Camila".

Na primeira viagem do grupo a São Paulo, Homrich parou em uma padaria da avenida São João e pediu cervejas que faziam sucesso na época, mas que não chegavam ao Sul. "Comecei pela Brahma Porter. Depois vieram a Niger, a München..."

Iniciou sua coleção, que hoje tem cerca de mil garrafas, e acabou se tornando um estudioso do assunto. Pré-internet, a pesquisa unia as informações dos rótulos e os livros de história e de química. "Quando via o estilo de cada uma, eu já sabia como era feita", conta o novo colunista.

Desde 2007, organiza o projeto Extra-Malte, encontro mensal em Porto Alegre sobre harmonização, novidades, entre outras abordagens.

Além do texto principal e de indicações de cerveja, em formato de ficha, a coluna terá uma seção chamada "Dica de Burgomestre", com sugestões de livros, copos etc.

O texto de Homrich será publicado a cada duas semanas, revezando com a coluna de Alexandra Corvo sobre vinhos. Nas semanas em que não estiver na versão impressa, o texto de Alexandra será publicada no site (folha.uol.com.br/comida).