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Surgem ressalvas à 1ª leva; produtor vai mudar a torra

DE SÃO PAULO

Com a primeira amostra do café da cuíca, que não circulou comercialmente, a Folha convidou três experts para provar a bebida às cegas. Isabela Raposeiras, do Coffee Lab, Marco Suplicy, do Suplicy, e Cecília Sanada, do Octávio Café, aceitaram o desafio.

Fizeram provas informais com uma pequena quantidade de grãos. Ficaram de lado os protocolos rígidos de degustações profissionais -a ideia era somente colher primeiras impressões de especialistas.

Do balanço geral dessa primeira leva, surgiram três pontos de tangência: baixa acidez, doçura acentuada e torra um pouco exagerada.

Foram as mesmas conclusões a que o norte-americano Andrew Barnett e o holandês Willem Boot (ambos provadores profissionais) tinham chegado na última semana em prova acompanhada pela Folha na fazenda capixaba.

EXCESSO DE TORRA

Para Isabela Raposeiras o excesso de torra inibiu o potencial do café. "Esse café cru deve ser de qualidade, tem doçura elevada e é limpo. Mas a acidez é muito baixa [especialistas se referem à acidez como sinônimo de qualidade]."

Marco Suplicy achou a bebida "agradável", com "bom corpo" e "nota de mato". "Mas sinto uma aspereza, não é uma bebida nem mole, nem estritamente mole [as melhores categorias da bebida]."

Já Cecília Sanada diz que o café perde em aroma. "Não é acima da média." Por outro lado, chama a atenção para a doçura acentuada e para um "amargor que não chega a atrapalhar a bebida".

Segundo o fazendeiro Henrique Sloper, o lote que vai chegar ao mercado em novembro passará por ajustes de torra a fim de fique "mais delicado".

(LF)

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