São Paulo, quinta-feira, 16 de junho de 2011 |
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VINHOS O prazer de beber sem altas viagens PATRÍCIA JOTA Uvas de outro mundo
JÁ IMAGINOU se deparar com um tinto sangiovese do Languedoc? É o que poderá acontecer, já que cinco vinícolas dessa região no sul da França compraram 170 mil videiras da variedade mais celebrada na Toscana, diz a revista "Decanter". Por trás desse fato, uma constatação: os produtores, nas mais diversas fronteiras, estão investindo em experimentações para identificar as cepas que melhor amadurecem em seus vinhedos e conseguir apresentar novos aromas e sensações aos consumidores. Recentemente, fui surpreendida com um vinho malbec espanhol. Nada a ver com os argentinos concentrados e carregados de fruta preta e especiarias. O L'ame Malbec 2007, da jovem bodega Altolandon, região de Manchuela, exalou aromas frescos e florais. Pensei que estivesse delirando e, meio sem graça, questionei Rosalía Molina, enóloga e proprietária da vinícola. "Tem razão, há um toque de violeta", concordou. Num instante, os frutos vermelhos também despertaram o nariz e tomaram conta da boca, num gole sedoso e persistente. Do lado de cá, a vinícola brasileira Angheben elegeu a estrela das castas portuguesas, a touriga nacional, para um de seus tintos varietais. Eu esperava aquela exuberância floral e potência típica dos vinhos do Douro, mas o perfil do Angheben Touriga Nacional 2005, que não passa por madeira, é outro: fruta madura e mineralidade. O enólogo Eduardo Angheben prepara-se para engarrafar a safra 2008 e, segundo ele, nessa as nuances florais estão bem vivas. Texto Anterior: Onde comer em Brasília Próximo Texto: Sardenha é tema do 7º volume da coleção Índice | Comunicar Erros |
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