São Paulo, domingo, 01 de junho de 2008

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Água quente

Aquecedor elétrico, solar ou a gás? Conheça as vantagens e as desvanta gens de cada sistema

Marcelo Justo/Folha Imagem
Em uma das casas de Luiz Francisco Tavares, o aquecimento é a gás: "O banho é mais gostoso, mas o gasto é maior'


CRISTIANE CAPUCHINHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Um banho quente no inverno exige mais do que abrir os registros: é preciso temperar conforto e gastos na escolha do tipo de aquecedor.
O orçamento tem de envolver, além do custo do aparelho, o consumo mensal de água e de energia (eletricidade ou gás) para seu funcionamento.
Só então podem-se computar vantagens e desvantagens de cada sistema.
No de passagem, a água recebe calor instantaneamente no momento do uso. Já no de acumulação, há um recipiente que armazena água aquecida.
Modelos de passagem são alimentados a eletricidade ou a gás -natural ou GLP (Gás Liquefeito de Petróleo). Os de acumulação geralmente são usados como apoio a sistemas de captação de energia solar.

Clima
A temperatura adequada para banho é de 38 C. Dependendo do clima local, produtos de grande potência tornam-se dispensáveis.
"Um aparelho com potência inutilizada desperdiçará energia de qualquer forma", explica Douglas Messina, do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo).
Aquecedores a gás têm potência maior e podem elevar a temperaturas mais altas grandes quantidades de água.
"Chuveiros elétricos comuns têm potência [máxima] entre 4.500 W e 7.500 W, enquanto há modelos de aquecedor a gás que chegam a 19.500 W", afirma Eduardo Nagasawa, engenheiro de aplicação da Bosch.
No aquecedor solar, a temperatura é regulada por termostato. Quando a energia solar acumulada não é suficiente, o sistema usa apoio elétrico para esquentar o líquido acumulado.
O problema é quando o boiler (reservatório com termostato que ativa a eletricidade) fica ligado por muitas horas seguidas: o consumo de energia elétrica não compensa o investimento no aquecedor solar.
Na casa do advogado Luiz Francisco Tavares, 24 -que tem aquecimento solar há mais de dez anos-, o dispositivo era ligado automaticamente pelo termostato pra manter a qualidade dos banhos.
"Não sabíamos como funcionava. De repente dobrava o valor da conta [elétrica] no inverno", relembra Tavares. Agora, em dias mais frios e sem sol, o dispositivo é ligado manualmente, com duas horas de antecedência aos banhos.


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