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INDICADOR DE MÃO-DE-OBRA
Contrato reduz atraso e perda de material
Documento deve prever multa por desrespeito aos prazos e pagamento final só após o término do serviço
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Vasculhar sites e telefonar
para empresas, escolas e associações que fazem bancos de
currículos de profissionais é
um bom começo, mas os cuidados não devem parar por aí.
"É preciso checar trabalhos e
conversar com pessoas que já
contrataram o indicado, para
saber se é de confiança", diz a
arquiteta Paula Nicolini, 40.
Aceitando a indicação da
imobiliária, o engenheiro de
alimentos Pedro Habesch Oliveira, 31, passou por maus bocados para reformar a cozinha
de seu novo apartamento.
Ele queria fazer reparos como trocar pisos e azulejos, fechar um vão e fazer duas muretas de blocos de vidro. O detalhe é que o profissional não sabia assentar os blocos, conforme revelou depois. Resultado:
Oliveira gastou mais R$ 3.000
para refazer as muretas (por
defeito nos rejuntes), o piso e o
vão que foi coberto.
"O piso não ficou nivelado, e
o vão entre a cozinha e a sala,
que foi fechado, deu origem a
uma protuberância na parede."
Para o presidente do Sintracon-SP (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da
Construção Civil de São Paulo),
Antonio de Sousa Ramalho, 57,
mesmo a indicação de fabricantes, deve ser averiguada. "Os
cursos são muito superficiais e
rápidos. Dão só noções gerais."
"Arquitetos e engenheiros
têm equipe formada e podem
indicar diversos profissionais",
defende Nicolini.
Escolhido o profissional, é
importante redigir um contrato detalhado, com orçamento,
prazos para cada etapa da obra,
especificação de materiais e
serviços e multas por atraso.
"Se parcelar, deixe o pagamento da última mensalidade
para 30 dias após o prazo estipulado para a conclusão da
obra", aconselha o arquiteto
Gustavo Calazans, 32. "É um tipo de garantia de que pequenos
reparos serão executados sem
grande demora, como sifão vazando, pequenas falhas de execução e curto-circuito."
De olho na obra
Mas nem sempre o contrato
assegura a qualidade. "Principalmente se ele não estipular
punição para atrasos", crava a
consultora comercial Solange
Bonatti, 32, que há oito meses
espera poder desfrutar da água
fresca da piscina no quintal.
Por fim, acompanhe todas as
etapas da obra e exija um relatório com prestação de contas,
baseado em orçamento e prazo
iniciais, explicando o que se
gastou, o que se concluiu e o
que deverá ser comprado, além
de novos prazos.
(GIOVANNY GEROLLA)
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