São Paulo, domingo, 03 de agosto de 2008

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FAXINA DO AR

Umidificação da casa não pode passar do ponto

Ventilação natural e purificador de ar livram os ambientes da proliferação de fungos e ácaros

DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) decretou alerta na cidade de São Paulo na semana passada, pelo baixo índice de umidade do ar.
Para o alarme não soar também dentro de casa, há opções tão eficientes quanto espalhar vasilhas com água nos ambientes, porém mais decorativas.
Vasos baixos, de boca larga, que podem ser ornamentados com flores, fazem o trabalho de umidificação, comenta a arquiteta Fernanda Dabbur. É importante lembrar que a água deve ser trocada duas vezes por semana para evitar a dengue.
Integrar fontes e espelhos-d'água à composição de espaços é a dica da arquiteta Glaucya Taraskevicius: "A água circula e umedece o ar", afirma.
Mas, na hora de umidificar o ambiente doméstico, é preciso atenção para não criar um outro problema: o mofo.
"Se você umidifica o ambiente, pode dar condições de proliferação para fungos e ácaros", alerta Rita Salomão, da Microbiotécnica, consultoria de higiene e saneamento ambiental.
Para o arquiteto João Armentano, a ventilação natural é a saída mais eficaz. "Há soluções de ventilação cruzada, com duas aberturas paralelas."
Se a estrutura da casa não permite esse artifício, há a escolha do purificador de ar. Esse tipo de aparelho promete agir contra a inalação de esporos dos fungos e pode ser comprado por a partir de R$ 100.
Uma opção mais cara para retirar o excesso de umidade é o revestimento japonês Ecocarat (importado pela Maykon Asnar; tel.: 0/xx/11/3262-0216; a partir de R$ 160 o m2), citado pela arquiteta Carol Farah.

Regiões
A Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) anualmente faz medições no inverno e verifica os dias de pior qualidade do ar.
A proximidade de importantes corredores de trânsito está fortemente relacionada aos pontos mais comprometidos.
Para o responsável pelo Laboratório de Poluição Ambiental da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), Paulo Saldiva, não deveria haver moradias num raio de 100 m de grandes avenidas.
Como a distância mínima de reserva não parece viável em São Paulo, Saldiva aconselha atenção às plantas da região na escolha de um imóvel.
O tronco de árvore com uma parte muito mais escura ou com poucos líquens na região frontal à via ou, ainda, poucas folhas do lado da planta direcionado ao tráfego indicam alta concentração de poluentes.
Em Moema (zona sul), a psicóloga Carmela Ângelo, 49, decorou seu apartamento pensando no combate à poluição.
O sofá de chenile foi revestido de sarja de algodão e é lavado a cada 20 dias, assim como as cortinas de "voile". Os pufes e as cadeiras da sala são de couro -um pano úmido é suficiente para tirar o pó; o tapete é de fibras antialérgicas.
(CRISTIANE CAPUCHINHO E ROSANGELA DE MOURA)



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