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Lugar de todos
EVELYN CARVALHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Constituir um espaço de convívio, cozinhar para os amigos,
agrupar utensílios. Se, por um
lado, as atividades na cozinha
crescem em número, de outro,
a limitação das dimensões do
ambiente exige que a receita do
projeto aproveite ao máximo
cada um de seus ingredientes.
"A cozinha virou local de experimentação da gastronomia", diz o arquiteto Caco Borges. O cômodo também se reintegra ao espaço social da casa e
pede unidade estética com ele.
Para alimentar toda essa versatilidade, armários, gavetas e
prateleiras ganham "sabores"
mais condensados.
Nos armários inferiores, gavetões compartimentados,
mais ergonômicos, substituem
as portas convencionais. O conforto no manuseio também garante o apetite por painéis de
correr nos armários mais altos.
"Portas deslizantes permitem painéis mais alongados e
não atrapalham o acesso e o
trabalho", diz José Bonetti, gerente de desenvolvimento de
produtos da loja Kitchens.
Na cozinha da publicitária
Valéria Scattolini, projetada
pela arquiteta Ana Cristina
Malta, alguns dos compartimentos não possuem fundo,
ampliando sua capacidade.
Mas tanta economia de espaço requer cuidado extra para
que a funcionalidade não seja
comprometida pela "inanição".
Assim, aberturas dos armários mais amplas e com menos
divisões podem ser um caso de
"boca maior que o estômago".
"A profundidade mínima deve
ser de 60 centímetros", alerta o
decorador Leandro Petreca.
É preciso ainda preocupar-se
com a disposição dos itens no
ambiente, para evitar "misturas indigestas".
Quando a cozinha possui formato de corredor, a dica é agrupar os armários em uma parede, para facilitar a circulação. A
cuba da pia deve estar ao centro, e fogão e geladeira, em extremidades opostas.
Já o cooktop separa o forno
das bocas do fogão, embutidas
no tampo da pia. Microondas e
forno sobem para uma prateleira, a 1,3 metro de altura, dando mais segurança e conforto.
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