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Marceneiro e loja disputam pedido do cliente
O primeiro leva vantagem na flexibilidade do projeto, e a segunda, na facilidade das condições de pagamento
Fotos Divulgação
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A fisioterapeuta Kátia Dione da Gama optou por um projeto do decorador Leandro Petreca, pois o tamanho das prateleiras das lojas a incomodava |
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A receita de preparo de uma
cozinha planejada oferece as
opções de procurar uma loja especializada ou um marceneiro
de confiança. Antes de fazer o
pedido, é preciso ponderar
tempo de entrega, preço, prazo
de pagamento e grau de personalização do "prato".
A aeroviária Ana Lúcia Martins escolheu uma rede de móveis, a Dell Anno. Levou à loja
as diminutas medidas do cômodo (1,86 m x 3,2 m) e saiu de
lá com um projeto pronto.
Em 30 dias, a cozinha estava
instalada. "Com um marceneiro de bairro, sairia 15% mais barato, mas a loja oferecia melhores condições de pagamento,
com parcelamento em até dez
vezes", conta.
Esses estabelecimentos fazem projetos baseados em linhas de produtos previamente
desenvolvidas. Com o uso de
softwares, aliam o conceito da
marcenaria à escala industrial.
Para os que desejam um trabalho mais personalizado, o
projeto feito por um arquiteto
ou um marceneiro pode ser a
saída. Geralmente, porém, o
prazo de entrega é maior.
"Eu até fiz projetos com lojas,
mas eles eram mais caros e não
chegavam ao que eu queria, que
era aproveitar o espaço ao máximo", diz a publicitária Valéria
Scattolini.
A solução da arquiteta Ana
Cristina Malta para a cozinha
de 4 m2 de Scattolini foi integrá-la à sala, aumentando o vão
da parede entre os cômodos. A
proprietária avalia que a amplitude compensou a perda de espaço para armários.
Para uma cozinha de 1,55 m
por 2,6 m, o custo de piso, paredes e mobiliário gira em torno
de R$ 7.400, estima Malta.
Ao escolher um marceneiro,
a dona-de-casa Sônia Silva de
Souza levou em consideração o
material com que o profissional trabalhava: "O preço final
era quase o mesmo do das lojas,
mas ele utilizou um compensado de madeira que, pelo mesmo valor, seria de qualidade inferior na loja", estima.
O tamanho das prateleiras de
cozinhas pré-fabricadas incomodava a fisioterapeuta Kátia
Dione da Gama: "Não conseguiria colocar um liquidificador ou uma bacia mais larga".
Ela então optou por um projeto
do decorador Leandro Petreca.
Na busca de uma solução diferenciada, é preciso estar disposto a fazer alterações na estrutura do ambiente, como rever o posicionamento dos pontos de água, eletricidade e gás.
"Aqueles que permitem mudanças mais profundas saem
ganhando. Os conservadores
vão conviver eternamente com
o problema de uma má distribuição do espaço", afirma José
Bonetti, da Kitchens.
Cores
Se um prato com alimentos
de cores variadas costuma indicar uma boa refeição, o mesmo
começa a valer para a qualificação do estilo de uma cozinha.
Apesar de ainda serem campeões de venda, os laminados
lisos em tons de branco, bege e
cinza estão cedendo espaço para padronagens que imitam
madeira e aço escovado, a serem utilizadas nas portas e nos
tampos dos armários.
Cores vivas ocupam detalhes: o vermelho alaranjado ilumina azulejos, pastilhas de vidro, portas de armários e utensílios, como a garrafa térmica.
Em contraste com o branco,
detalhes em preto dão efeito de
contorno e sugerem organização. Para um ambiente estilo
"high-tech", valem cores cítricas, como o verde-limão.
(EVELYN CARVALHO)
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