São Paulo, domingo, 03 de dezembro de 2006

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Marceneiro e loja disputam pedido do cliente

O primeiro leva vantagem na flexibilidade do projeto, e a segunda, na facilidade das condições de pagamento

Fotos Divulgação
A fisioterapeuta Kátia Dione da Gama optou por um projeto do decorador Leandro Petreca, pois o tamanho das prateleiras das lojas a incomodava


COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A receita de preparo de uma cozinha planejada oferece as opções de procurar uma loja especializada ou um marceneiro de confiança. Antes de fazer o pedido, é preciso ponderar tempo de entrega, preço, prazo de pagamento e grau de personalização do "prato".
A aeroviária Ana Lúcia Martins escolheu uma rede de móveis, a Dell Anno. Levou à loja as diminutas medidas do cômodo (1,86 m x 3,2 m) e saiu de lá com um projeto pronto.
Em 30 dias, a cozinha estava instalada. "Com um marceneiro de bairro, sairia 15% mais barato, mas a loja oferecia melhores condições de pagamento, com parcelamento em até dez vezes", conta.
Esses estabelecimentos fazem projetos baseados em linhas de produtos previamente desenvolvidas. Com o uso de softwares, aliam o conceito da marcenaria à escala industrial.
Para os que desejam um trabalho mais personalizado, o projeto feito por um arquiteto ou um marceneiro pode ser a saída. Geralmente, porém, o prazo de entrega é maior.
"Eu até fiz projetos com lojas, mas eles eram mais caros e não chegavam ao que eu queria, que era aproveitar o espaço ao máximo", diz a publicitária Valéria Scattolini.
A solução da arquiteta Ana Cristina Malta para a cozinha de 4 m2 de Scattolini foi integrá-la à sala, aumentando o vão da parede entre os cômodos. A proprietária avalia que a amplitude compensou a perda de espaço para armários.
Para uma cozinha de 1,55 m por 2,6 m, o custo de piso, paredes e mobiliário gira em torno de R$ 7.400, estima Malta.
Ao escolher um marceneiro, a dona-de-casa Sônia Silva de Souza levou em consideração o material com que o profissional trabalhava: "O preço final era quase o mesmo do das lojas, mas ele utilizou um compensado de madeira que, pelo mesmo valor, seria de qualidade inferior na loja", estima.
O tamanho das prateleiras de cozinhas pré-fabricadas incomodava a fisioterapeuta Kátia Dione da Gama: "Não conseguiria colocar um liquidificador ou uma bacia mais larga". Ela então optou por um projeto do decorador Leandro Petreca.
Na busca de uma solução diferenciada, é preciso estar disposto a fazer alterações na estrutura do ambiente, como rever o posicionamento dos pontos de água, eletricidade e gás.
"Aqueles que permitem mudanças mais profundas saem ganhando. Os conservadores vão conviver eternamente com o problema de uma má distribuição do espaço", afirma José Bonetti, da Kitchens.

Cores
Se um prato com alimentos de cores variadas costuma indicar uma boa refeição, o mesmo começa a valer para a qualificação do estilo de uma cozinha.
Apesar de ainda serem campeões de venda, os laminados lisos em tons de branco, bege e cinza estão cedendo espaço para padronagens que imitam madeira e aço escovado, a serem utilizadas nas portas e nos tampos dos armários.
Cores vivas ocupam detalhes: o vermelho alaranjado ilumina azulejos, pastilhas de vidro, portas de armários e utensílios, como a garrafa térmica.
Em contraste com o branco, detalhes em preto dão efeito de contorno e sugerem organização. Para um ambiente estilo "high-tech", valem cores cítricas, como o verde-limão.
(EVELYN CARVALHO)

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