São Paulo, domingo, 04 de agosto de 2002

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Fernando Moraes/Folha Imagem
FARO A convite da Folha, os arquitetos Ana Maria Vieira Santos e Léo Shehtman examinam peças de demolição; ela gostou dos dormentes (no alto); ele faria esculturas com os tubos acima

Conservadores ou ousados, decoradores revivem peças vindas de escombros

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Pouco importa se o estilo é arrojado ou conservador. Quando o assunto é material de demolição, decoradores de todas as escolas vasculham as cinzas dos depósitos para ressuscitar peças. E os especialistas fazem coro: mais importante que saber garimpar é ter bom gosto para adaptar os itens sem quebrar a harmonia.
Para testar a hipótese de que há espaço para esse material em vários estilos de decoração, a Folha convidou os arquitetos Ana Maria Vieira Santos e Léo Shehtman, 45, para percorrer alguns depósitos paulistanos. Ambos se definem como contemporâneos, embora a primeira seja dona de um estilo mais sóbrio, e o segundo tenha na ousadia seu traço mais marcante.
"Fugir do convencional e assumir a diferença é o ponto de partida", afirma Vieira Santos, e Shehtman concorda. Outros consensos: é importante valorizar a peça, mostrando seus "defeitos" e sua procedência; os objetos devem ser sempre usados como detalhe, e não é de bom-tom que sejam maioria no ambiente. Por fim, eles recomendam mudar completamente o significado e a utilidade da peça. (ISABELA LEAL)

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