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A reciclagem de materiais é a estrela nos trabalhos que empresas e universidades exibem na mostra Energia Brasil.
Entre os projetos, estão o tijolo de solo e resíduos industriais e a telha de fibras, coco verde e papel reciclado. Os dois são da Coppe-UFRJ (Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Há ainda uma luminária cuja matéria-prima é a garrafa PET reciclada, produto desenvolvido pelo Lactec (Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento).
"A telha ecológica concorre com a de fibrocimento. Ela usa papel reciclado na sua composição, o que garante a colaboração com o ambiente", diz a arquiteta Andrea Borges de Souza Cruz, 36, pesquisadora da Coppe-UFRJ.
Além de reutilizar papel e de dispensar a queima, a intenção da universidade é que o processo de produção da telha ajude as cooperativas de catadores de papel.
Com solo e resíduos industriais, minerários e agrícolas são feitos os tijolos e blocos com encaixe para alvenaria de vedação ou estrutural (quando as paredes são parte da estrutura).
"Calculamos que o valor dele é 40% menor que o dos blocos cerâmicos. Além disso, ele não precisa de queima e não gera resíduos", diz Francisco José Casanova, 50, professor da Coppe-UFRJ.
O custo também é o atrativo da luminária feita com garrafa PET, a Luminova. O modelo é destinado à iluminação pública, e o valor é 50% menor que o dos concorrentes. "Além do preço, a vantagem é a fácil manutenção", conta Lourival Lippmann, 47, gerente de eletrônica da Lactec.


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