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São Paulo, domingo, 05 de outubro de 2003

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FIEE

Criar soluções para integrar sistemas como o de iluminação, o de segurança e o de áudio é o desafio para as empresas do setor

Automação quer pôr tudo num botão só

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Ficção científica à parte, máquinas, controles à distância e automação já ganham os hábitos dos consumidores. Tanto em casa como na indústria. O desafio agora é integrar as máquinas de setores diferentes para agilizar a produção ou melhorar ainda mais o conforto residencial.
É integração na indústria que propõe o programa lançado pela ABB, empresa de tecnologia de energia e automação.
"Vamos apresentar um software que já está em uso em uma fábrica de papel e celulose. Ele monitora todas as máquinas e equipamentos. A vantagem é concentrar todo o controle em um único painel, o que permite agir imediatamente", conta Sérgio Gomes, 44, diretor de automação.
No estande da empresa, o visitante também pode conferir um robô que trabalha como barman.

Soluções "caseiras"
Nas casas, o desafio continua sendo driblar a falta de tempo e dar conforto ao proprietário com o toque de apenas um botão.
"A meta da automação residencial é fazer com que sistemas que funcionam isoladamente -como iluminação, segurança, e persianas elétricas- passem a trabalhar em conjunto", diz Daniel Barbosa, 28, diretor da Cynthron, especializada nesses projetos.
Mas integrar esses elementos e possibilitar que sejam monitorados pela internet ou até pelo celular tem seu preço. "Não se faz um sistema como esse de alto padrão com menos de US$ 10 mil [cerca de R$ 29 mil]", calcula Barbosa.
Para receber automação, a residência precisa ter uma infra-estrutura adequada para a rede elétrica. "Mesmo que o cliente não automatize a casa de imediato, em toda obra que faço já deixo conduítes preparados. No futuro, se ele quiser, não vai precisar quebrar paredes para trocar tubulação", afirma a arquiteta Patrícia de Carvalho.
A tendência hoje são as construtoras também entregarem apartamentos com a base pronta. Dependendo do padrão desejado, há imóveis já completos, prontos para serem "ligados" pelo celular.
É o caso do edifício lançado pela Grotta e Salvetti em Santo André, Grande São Paulo. "Elevadores, luzes, portas, tudo pode ser gerenciado por computador ou celular", conta Clélio Grotta Júnior, o dono da construtora. Os apartamentos ficam prontos em 2005 e custam de R$ 440 mil a R$ 1,2 milhão. (ANDREA MIRAMONTES)


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