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mercado
Cimento encarece com crise de abastecimento
Falta do produto é percebida nas regiões Norte e Centro-Oeste e no nordeste do Estado de SP
CRISTIANE CAPUCHINHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Quem vai às lojas de material
de construção em busca de cimento tem encontrado problemas que variam de acordo com
a região do país.
No nordeste paulista, uma
crise de abastecimento foi causada pela paralisação para manutenção, no início de setembro, de duas fábricas localizadas em Minas Gerais.
Fornos de volta à ativa, o consumidor percebe aumento no
preço do insumo em razão do
custo do frete do cimento vindo
de outras regiões.
Nas regiões Centro-Oeste e
Norte, o desabastecimento já
tinha ocorrido no segundo semestre de 2007 devido ao consumo além das expectativas.
Neste ano, o quadro se repetiu.
"Até agosto, houve crescimento da ordem de 15% no
consumo, um ritmo maior do
que o esperado", avalia José
Otávio de Carvalho, secretário-executivo do Snic (sindicato da
indústria de cimento).
A porcentagem superou o
previsto aumento sazonal que
acontece historicamente entre
os meses de agosto e outubro.
Embora, na capital paulista,
o consumidor ainda não tenha
enfrentado problemas para encontrar o material, os preços
subiram 20% em relação ao ano
passado, conforme pesquisa do
IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística).
Em março -última aferição-, o saco do cimento Portland na capital valia R$ 15,50.
No limite
Representantes dos fabricantes afirmam que o aumento
é fruto do repasse dos custos de
energia e de matéria-prima.
Carvalho sinaliza que parte
das fábricas está trabalhando
no máximo de suas capacidades para abastecer o setor.
Na última semana, o SindusCon-SP (sindicato de construtoras) cogitou a necessidade de
importação do insumo para
evitar atrasos nas obras.
Para Cláudio Conz, presidente da Associação Nacional de
Comerciantes de Material de
Construção, o mercado deve se
ajustar a partir de dezembro.
Por enquanto, quem encontrar
preços abusivos deverá adiar a
compra, se puder.
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