COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Obedecer a regras de sustentabilidade na construção não representa um grande aumento nos custos da obra.
Uso racional de eletricidade e água, reciclagem de materiais e redução de desperdício diminuem condomínio e custos de manutenção, mas obter uma certificação tem seu preço.
Anderson Benite, diretor do CTE, estima que o aumento no custo de construção de uma torre comercial varie entre 1% e 5% do custo total.
"Em um ou dois anos, o empreendimento tem o retorno do investimento", diz.
Para obter o Leed, deve ser contratado alguém credenciado pelo Green Building Council americano, responsável pelo selo, para gerenciar o processo.
O registro do projeto na entidade americana não sai por menos de US$ 2.500 -varia com o tamanho e o tipo do terreno.
Um aumento de 14% nos níveis de exigência de economia energética do Leed, no ano passado, elevou os seus custos.
O diretor de projeto e construção da Tishman Speyer -que tem dois empreendimentos com pré-certificação do Leed-, Luiz Ceotto, diz que construir um prédio verde representa no mínimo 5% a mais no custo de um comercial.
Para Ceotto, residenciais brasileiros sofrem menos com o aumento nos custos. "Estão mais próximos dos critérios de sustentabilidade: as fachadas costumam ser ventiladas, não há ar-condicionado e há iluminação natural." Ele calcula, nesse caso, variação de 1% a 2%.
O Aqua contabiliza custos operacionais das reiteradas visitas dos auditores. Joaquim Ferreira, da Fundação Vanzolini, estima que os custos da certificação partam de R$ 20 mil, para um empreendimento de cerca de 1.500 m2.


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