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São Paulo, domingo, 07 de setembro de 2003

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Sistema energético inventado na França volta dois séculos depois

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Em uma construção que se propõe auto-sustentável, não poderia faltar uma forma de captação de energia renovável e alternativa. A opção escolhida para a "Smart Home" foi o uso de placas fotovoltaicas, sistema que transforma luz solar em eletricidade.
"As placas com fotocélulas ficam no telhado e captam a energia do sol, que é transformada em corrente elétrica e armazenada em baterias", explica o engenheiro Luiz Alexandre Mucerino, 46, sócio da Ecoplano, consultoria que participa do projeto da casa.
A solução não é nova. Segundo a física Maria Julita Guerra Ferreira, 47, coordenadora do programa para desenvolvimento energético do Estado de São Paulo, a energia fotovoltaica foi descoberta no século 19, na França.
"Hoje, é utilizada em locais distantes da rede elétrica, como ilhas, cabanas, estações de esqui, sinalização em hidrovias. No Brasil, há comunidades que têm o sistema implantado há anos, como em casas da ilha do Cardoso [litoral sul de São Paulo]", conta Ferreira.
As desvantagens do sistema são a limitação de uso e o custo de manutenção. "Serve somente para uns quatro pontos de luz. Além disso, a manutenção é cara, as baterias têm de ser trocadas a cada quatro anos, no mínimo, e custam cerca de R$ 1.000 cada uma."
Para Lauro de Vilhena Brandão Machado Neto, 42, professor da PUC-MG e coordenador da área no Green (Grupo de Estudos em Energia), o sistema fotovoltaico não serve para áreas urbanas. "Não há viabilidade econômica."


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