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VERDE TIPO IMPORTAÇÃO
Selo esbarra em custo e pouca orientação
Obter o Leed não sai por menos que US$ 2.500; há menos de dez credenciados para gerenciar o processo no país
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Construções novas que não
se adequarem aos requisitos de
sustentabilidade terão, a curto
prazo, seus custos de manutenção aumentados, especialmente em relação a energia.
A previsão é do americano
Dermont Sweeny, um dos principais arquitetos de edifícios
sustentáveis do mundo, os chamados "green buildings".
Na corrida pelo certificado
de sustentabilidade, as construtoras brasileiras já se preparam para esse novo mercado,
ainda incipiente.
A Gafisa, por exemplo, está
empenhada para que o Eldorado Business Tower, prédio de
escritórios que deve ser concluído ainda este ano em São
Paulo, receba o selo americano.
Para tanto, faz o seu dever de
casa: utiliza produtos reciclados e adquire cerca de 60% do
material em um raio de 800
quilômetros de distância.
Já a Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário, que
realiza um projeto em parceria
com a norte-americana Tishman Speyer, utiliza 50% da madeira certificada.
O Ventura Corporate Towers, empreendimento dessas
empresas cuja entrega está prevista para 2008, no Rio de Janeiro, deve ser o primeiro edifício carioca a possuir o Leed.
A busca pelo atestado de sustentabilidade não se limita aos
empreendimentos comerciais.
Luiz Fernando Lucho do Valle, 52, presidente do grupo Esfera, afirma que o Ecolife, um
residencial construído para ser
ecologicamente correto, será o
primeiro projeto desse uso no
Brasil a ter o certificado.
Passos
O caminho para a obtenção
do Leed, entretanto, ainda é
complexo pela falta de informações e pelo alto custo.
Primeiro, contrata-se uma
pessoa credenciada pelo Green
Building Council americano
(USGBC) para gerenciar o processo de certificação -no Brasil, existem menos de dez profissionais cadastrados.
O segundo passo é registrar o
projeto no USGBC. O custo varia conforme o tamanho e o tipo do terreno, mas não sai por
menos de US$ 2.500.
Depois do habite-se da obra,
o edifício é avaliado por um comitê que o certificará pelo grau
de sustentabilidade (certificado, prata, ouro ou platina).
(MCN)
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