São Paulo, domingo, 08 de julho de 2007

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VERDE TIPO IMPORTAÇÃO

Selo esbarra em custo e pouca orientação

Obter o Leed não sai por menos que US$ 2.500; há menos de dez credenciados para gerenciar o processo no país

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Construções novas que não se adequarem aos requisitos de sustentabilidade terão, a curto prazo, seus custos de manutenção aumentados, especialmente em relação a energia.
A previsão é do americano Dermont Sweeny, um dos principais arquitetos de edifícios sustentáveis do mundo, os chamados "green buildings".
Na corrida pelo certificado de sustentabilidade, as construtoras brasileiras já se preparam para esse novo mercado, ainda incipiente.
A Gafisa, por exemplo, está empenhada para que o Eldorado Business Tower, prédio de escritórios que deve ser concluído ainda este ano em São Paulo, receba o selo americano.
Para tanto, faz o seu dever de casa: utiliza produtos reciclados e adquire cerca de 60% do material em um raio de 800 quilômetros de distância.
Já a Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário, que realiza um projeto em parceria com a norte-americana Tishman Speyer, utiliza 50% da madeira certificada.
O Ventura Corporate Towers, empreendimento dessas empresas cuja entrega está prevista para 2008, no Rio de Janeiro, deve ser o primeiro edifício carioca a possuir o Leed.
A busca pelo atestado de sustentabilidade não se limita aos empreendimentos comerciais.
Luiz Fernando Lucho do Valle, 52, presidente do grupo Esfera, afirma que o Ecolife, um residencial construído para ser ecologicamente correto, será o primeiro projeto desse uso no Brasil a ter o certificado.

Passos
O caminho para a obtenção do Leed, entretanto, ainda é complexo pela falta de informações e pelo alto custo.
Primeiro, contrata-se uma pessoa credenciada pelo Green Building Council americano (USGBC) para gerenciar o processo de certificação -no Brasil, existem menos de dez profissionais cadastrados.
O segundo passo é registrar o projeto no USGBC. O custo varia conforme o tamanho e o tipo do terreno, mas não sai por menos de US$ 2.500.
Depois do habite-se da obra, o edifício é avaliado por um comitê que o certificará pelo grau de sustentabilidade (certificado, prata, ouro ou platina). (MCN)

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