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CASA PARA CRIANÇA
Segurança "derrapa" em áreas molhadas
Armários, gavetas, pisos e tomadas precisam ser equipados para não provocarem "brincadeira sem graça"
DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O ditado "dormiu com criança, acordou molhado" muda na
hora de preparar a casa para o
convívio infantil: as áreas molhadas do lar, no caso, são as
que mais podem acabar com o
sono tranqüilo dos pais.
Rafael Perrone, professor da
FAU-USP, alerta que a maioria
dos acidentes com crianças
acontece na cozinha e no
banheiro, ambientes que requerem pisos ou tapetes antiderrapantes e poucos objetos
ao alcance dos petizes.
"No caso das cozinhas, há
preocupação também com a
limpeza", ressalta o gerente de
design e tendências da
Tok&Stok, Ademir Bueno, 38.
A dica de Márcia Bruning,
coordenadora de produtos da
loja Eliane, é adotar material
lavável até em detalhes como
faixas aplicadas para acabamento de paredes.
Outro reduto escorregadio, a
lavanderia também não escapa
da brincadeira de "encaixar" a
inquietude infantil na dinâmica dos cômodos da casa.
A coordenadora de pós-graduação da área de design do
Centro Universitário Senac
(Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), Sueli Cristina da Silva, 46, destaca que acidentes costumam ocorrer
quando as crianças se escondem sob o tanque de lavar roupa. "Sua fixação deve ser reforçada para que não caia sobre
elas", instrui.
A sete chaves
"Produtos de limpeza devem
estar em prateleiras altas e fechadas a chave, enquanto baldes só ficam no chão se estiverem vazios", completa Silva.
Gavetas e armários travados
ou trancados é recomendação,
sobretudo, para sala e cozinha.
"Em lugares para temperos e
objetos cortantes, não usei puxadores. Um sistema de amortecimento e trava foi adotado
para que minha filha não prenda os dedinhos", relata o gerente de contas Paulo Sevilha, 43.
Vilões afiados, os vidros não
precisam ser banidos, mas devem enfrentar rigorosa seleção.
"Os temperados são mais resistentes ao impacto que os vidros comuns", indica o arquiteto da moveleira Cinex, Daniel
Ribeiro, 28. "Quando quebrados, os cacos não viram lanças."
Para "cortar o barato" do
choque elétrico, Sevilha indica
a instalação de um dispositivo
residual -DR- que, complementar ao disjuntor, cortará a
corrente, caso as mãozinhas
cheguem à tomada.
"A criança sentirá só uma
agulhada na ponta do dedo",
explica Roberto Júnior, 27, gerente de produto da Siemens. O
DR custa cerca de R$ 100.
Transformação
Há casos em que os pimpolhos mudam por completo a
identidade de um ambiente. A
designer de interiores Mariana
Giolo, 35, transformou uma varanda em área de brincadeiras.
"Fechei com uma cobertura
de policarbonato, com vidros
de correr. No piso, para facilidade de limpeza, o material é
vinílico [R$ 27/m2] e não escorrega; nas paredes, para amortecer impactos, apliquei tatame
[R$ 75/m2]", descreve.
A janela do "quarto" tem rede de proteção. No armário dos
brinquedos, um toque lúdico:
"as gavetas são caixas móveis
coloridas que fazem parte da
brincadeira", pontua Giolo. No
total, um gasto "de gente grande": R$ 22 mil.
(GG E RM)
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