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Erro de cálculo faz despesa ir além da conta
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Antes de adquirir aquele modelo com milhares de BTU, especialistas sugerem cautela. Isso porque a conta de luz encarece substancialmente se a capacidade do
equipamento estiver aquém ou
além da necessidade do ambiente.
"Devem ser analisados o número de pessoas, a quantidade e o tipo dos aparelhos eletrônicos, o
número de pontos de luz, o tipo
de teto e a posição do ambiente
em relação ao sol na área da janela", relaciona Ilanah Perin, 25, gerente de marketing da Gree.
Para casas na cidade de São
Paulo, um cálculo rápido, mas
não 100% preciso, pode ser o de
600 BTU para cada m2. Já em Curitiba, as contas são feitas usando
de 705 a 857 BTU por m2.
Mas essas estimativas variam
muito. Para quem mora em apartamento, a temperatura é maior a
cada andar que se sobe. Além disso, o ambiente esquenta à medida
que aumenta a quantidade de
pessoas presentes.
"O cálculo depende de variáveis
como a temperatura média da região, a umidade e a altitude, por
exemplo", exemplifica Luiz Cesar
Andriolli, engenheiro de desenvolvimento de produto da Trane.
Evitar a quebradeira de paredes
parece missão quase impossível
na hora da instalação. Os únicos
aparelhos que dispensam marretas são os portáteis. "Mas deve-se
ter algum ponto para encaixar o
duto de exaustão", lembra Perin.
Os modelos de janela necessitam de um buraco na parede do
tamanho do aparelho. Já a instalação do "split" pode ter níveis variáveis de complicação.
Três aspectos
"Se a casa já tiver infra-estrutura
para isso, a instalação é fácil, porque basta fazer um furo pequeno
na parede", explica Sidney Ichi,
gerente da divisão de ar-condicionado da Consul.
Antes de instalar qualquer modelo, deve-se levar em conta três
aspectos. "Disponibilidade de
energia elétrica, a estrutura da casa ou do edifício e como ele vai
afetar a estética do ambiente",
enumera Antonio Uehara, 43, diretor comercial da Servtec Instalações e Manutenção.
Eduardo Rodovalho, da Newset, alerta para outro detalhe. "Ao
optar pelos aparelhos que usam
ar quente e frio, o projeto deve
atentar para a boa circulação de
ar." Ele explica que, como o ar frio
tem densidade diferente da do
quente, pode circular bem em um
ambiente no verão e, no inverno,
concentrar-se no teto em uma
massa de ar quente.
(BMF)
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