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São Paulo, domingo, 09 de fevereiro de 2003

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Erro de cálculo faz despesa ir além da conta

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Antes de adquirir aquele modelo com milhares de BTU, especialistas sugerem cautela. Isso porque a conta de luz encarece substancialmente se a capacidade do equipamento estiver aquém ou além da necessidade do ambiente.
"Devem ser analisados o número de pessoas, a quantidade e o tipo dos aparelhos eletrônicos, o número de pontos de luz, o tipo de teto e a posição do ambiente em relação ao sol na área da janela", relaciona Ilanah Perin, 25, gerente de marketing da Gree.
Para casas na cidade de São Paulo, um cálculo rápido, mas não 100% preciso, pode ser o de 600 BTU para cada m2. Já em Curitiba, as contas são feitas usando de 705 a 857 BTU por m2.
Mas essas estimativas variam muito. Para quem mora em apartamento, a temperatura é maior a cada andar que se sobe. Além disso, o ambiente esquenta à medida que aumenta a quantidade de pessoas presentes.
"O cálculo depende de variáveis como a temperatura média da região, a umidade e a altitude, por exemplo", exemplifica Luiz Cesar Andriolli, engenheiro de desenvolvimento de produto da Trane.
Evitar a quebradeira de paredes parece missão quase impossível na hora da instalação. Os únicos aparelhos que dispensam marretas são os portáteis. "Mas deve-se ter algum ponto para encaixar o duto de exaustão", lembra Perin.
Os modelos de janela necessitam de um buraco na parede do tamanho do aparelho. Já a instalação do "split" pode ter níveis variáveis de complicação.

Três aspectos
"Se a casa já tiver infra-estrutura para isso, a instalação é fácil, porque basta fazer um furo pequeno na parede", explica Sidney Ichi, gerente da divisão de ar-condicionado da Consul.
Antes de instalar qualquer modelo, deve-se levar em conta três aspectos. "Disponibilidade de energia elétrica, a estrutura da casa ou do edifício e como ele vai afetar a estética do ambiente", enumera Antonio Uehara, 43, diretor comercial da Servtec Instalações e Manutenção.
Eduardo Rodovalho, da Newset, alerta para outro detalhe. "Ao optar pelos aparelhos que usam ar quente e frio, o projeto deve atentar para a boa circulação de ar." Ele explica que, como o ar frio tem densidade diferente da do quente, pode circular bem em um ambiente no verão e, no inverno, concentrar-se no teto em uma massa de ar quente. (BMF)


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