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AR-CONDICIONADO
Aparelho desliga sozinho, "lembra" preferências e economiza
Refrigeração virou só uma das funções
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Os aparelhos de ar-condicionado não se limitam mais a apenas
resfriar o ambiente. Há modelos
com funções como desligamento
automático, memorização da
temperatura preferida, melhor filtragem do ar e características como economizar energia e funcionar com gases pouco nocivos.
"Nas máquinas mais modernas,
é possível conferir até 112 funções
do aparelho pelo computador. Na
Europa dá até para fazer o acompanhamento pela internet", completa Mario Manzoli, 55, sócio-gerente da DK Sistemas.
Mas, claro, isso tem um preço.
Os modelos "split", que geralmente têm mais recursos de conforto (como o controle remoto),
custam bem mais do que os aparelhos básicos de janela.
Quanto ao consumo de energia,
os dois ficam taco a taco. Os
"splits" consomem de 2% a 3% a
mais do que os de janela, segundo
Toshio Murakami, 40, diretor-superintendente da Springer-Carrier e presidente do departamento nacional de fabricantes da
Abrava (Associação Brasileira de
Refrigeração, Ar-condicionado,
Ventilação e Aquecimento Solar).
A instalação também custa
mais. "A do "split" sai pelo dobro
da de janela", diz Eduardo Rodovalho, diretor da Newset.
Para economizar energia em casa, pode-se optar pelos modelos
denominados "eficientes". Eles
contam com um selo do Procel
(Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica) em níveis que vão de A (mais eficiente)
a C (menos eficiente).
Economia
Outro atributo que faz com que
os aparelhos consumam menos
energia é o compressor rotativo.
Ele comprime o gás por rotação,
enquanto seu antecessor, o alternativo, faz a compressão por alternância de pistões.
Apesar de consumir cerca de
30% a menos de energia do que o
alternativo menos eficiente, os
aparelhos dotados desse compressor custam de 20% a 25% a
mais do que os que usam o alternativo, segundo Murakami.
Para quem opta pelo "split",
economizar energia também é
questão de planejamento. Manzoli recomenda instalar as unidades evaporadoras perto das condensadoras, ou seja, mais ou menos a dez metros de distância.
"Bombear o gás refrigerante pelos tubos gasta energia e, dependendo da distância, pode aumentar de 10% a 15% o consumo", explica Manzoli.
Quando está em questão o aspecto ecológico do ar-condicionado, os modelos que utilizam
gases (que têm o papel de refrigerar o ar) menos nocivos ao ambiente também são mais caros.
O CFC (clorofluorcarbono) hoje dá lugar a gases menos danosos, como o R-22 e o R-134-A,
mas Murakami pondera que isso
pesa no preço. "Os modelos são
mais caros porque a oferta do gás
é menor."
(BRUNA MARTINS FONTES)
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