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São Paulo, domingo, 09 de fevereiro de 2003

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AR-CONDICIONADO

Aparelho desliga sozinho, "lembra" preferências e economiza

Refrigeração virou só uma das funções

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Os aparelhos de ar-condicionado não se limitam mais a apenas resfriar o ambiente. Há modelos com funções como desligamento automático, memorização da temperatura preferida, melhor filtragem do ar e características como economizar energia e funcionar com gases pouco nocivos.
"Nas máquinas mais modernas, é possível conferir até 112 funções do aparelho pelo computador. Na Europa dá até para fazer o acompanhamento pela internet", completa Mario Manzoli, 55, sócio-gerente da DK Sistemas.
Mas, claro, isso tem um preço. Os modelos "split", que geralmente têm mais recursos de conforto (como o controle remoto), custam bem mais do que os aparelhos básicos de janela.
Quanto ao consumo de energia, os dois ficam taco a taco. Os "splits" consomem de 2% a 3% a mais do que os de janela, segundo Toshio Murakami, 40, diretor-superintendente da Springer-Carrier e presidente do departamento nacional de fabricantes da Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-condicionado, Ventilação e Aquecimento Solar).
A instalação também custa mais. "A do "split" sai pelo dobro da de janela", diz Eduardo Rodovalho, diretor da Newset.
Para economizar energia em casa, pode-se optar pelos modelos denominados "eficientes". Eles contam com um selo do Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica) em níveis que vão de A (mais eficiente) a C (menos eficiente).

Economia
Outro atributo que faz com que os aparelhos consumam menos energia é o compressor rotativo. Ele comprime o gás por rotação, enquanto seu antecessor, o alternativo, faz a compressão por alternância de pistões.
Apesar de consumir cerca de 30% a menos de energia do que o alternativo menos eficiente, os aparelhos dotados desse compressor custam de 20% a 25% a mais do que os que usam o alternativo, segundo Murakami.
Para quem opta pelo "split", economizar energia também é questão de planejamento. Manzoli recomenda instalar as unidades evaporadoras perto das condensadoras, ou seja, mais ou menos a dez metros de distância.
"Bombear o gás refrigerante pelos tubos gasta energia e, dependendo da distância, pode aumentar de 10% a 15% o consumo", explica Manzoli.
Quando está em questão o aspecto ecológico do ar-condicionado, os modelos que utilizam gases (que têm o papel de refrigerar o ar) menos nocivos ao ambiente também são mais caros.
O CFC (clorofluorcarbono) hoje dá lugar a gases menos danosos, como o R-22 e o R-134-A, mas Murakami pondera que isso pesa no preço. "Os modelos são mais caros porque a oferta do gás é menor." (BRUNA MARTINS FONTES)


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