São Paulo, domingo, 10 de outubro de 2004

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Playgrounds, casas na árvore e paredes de escalada apresentam desafios ao ar livre para crianças de todas as idades

Zona de brincadeira

Fernando Moraes/Folha Imagem
A Casa do Sapo, versão de morada suspensa idealizada pela arquiteta Kátia Perrone (0/xx/11/3742-4069), está à mostra na atual edição da Casa Cor


DA REDAÇÃO

Nada de ficar amarrado à "casa-grande". Lá fora, casas no chão ou na árvore, playgrounds e até paredes de escalada convidam a garotada para brincadeiras.
"Quanto menos a criança se movimenta, mais aprisiona a inteligência e a percepção de si e de sua relação com os outros", explica Maria Angela Barbato Carneiro, 57, coordenadora do Núcleo de Cultura, Estudos e Pesquisas do Brincar da PUC (Pontifícia Universidade Católica).
Não é preciso ter grandes quintais e gramados para fazer um bom espaço de lazer. "O importante é delimitar a área com elementos que instiguem as crianças a brincar", diz o psicólogo Fabio Sager, 36, doutor em psicologia ambiental pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Em áreas restritas, pode-se começar com playgrounds de plástico. Os menores têm 9 m2 e recebem módulos com escorregadores, miniparedes de escalada e outros apetrechos. "Uma plataforma com escorregador e túnel custa a partir de R$ 555", calcula Ian Pacey, 39, diretor da SPI Play.
Os brinquedos para os pequenos também ocupam áreas reduzidas. Até os três anos, a diversão fica por conta de gangorras, gira-giras, piscinas de bolinhas e outros que ajudem a explorar o espaço. Conforme eles crescem, demandam áreas maiores. Na faixa de três a quatro anos, as brincadeiras migram para trepa-trepas e redes de corda para escaladas.

Aventura
Para os maiores, uma casa de madeira exige mais espaço e investimento. "Com 20 m2 já é possível fazer uma", define o engenheiro Wenceslao Gomez Napolitano, 32, da Lao Engenharia.
No chão, custam menos - R$ 3.500, contra R$ 6.000 de um modelo suspenso, segundo Napolitano, que usa madeira de reflorestamento e materiais reciclados.
Mas chega uma hora em que as crianças querem sair de casa. As próximas aventuras são a escalada e o arborismo. A escalada mais simples é a de redes de corda levemente inclinadas, apoiadas em paredes ou morrinhos no terreno.
Os mais velhos partem para a escalada de parede, que ganha uma placa com apoios e equipamentos de segurança. "A partir dos sete anos, buscam-se desafios maiores, como subir em árvores e escalar. A criança aprende que é capaz de explorar e de evoluir", explica Carneiro, da PUC.
Um exercício para desenvolver a coordenação, o equilíbrio e a força é o arborismo (percurso de travessias horizontais apoiado em cordas). Algumas das modalidades são a falsa baiana (segurando uma corda no alto e pisando sobre outra) e a tirolesa (descida pela corda deslizando por roldanas). "O percurso é feito em alturas a partir de 1,50 m", conta Napolitano. (BRUNA MARTINS FONTES)


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