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PROTEÇÃO
Normas técnicas proíbem o uso de material venenoso em madeiras
Parquinho e casas pedem paredes e piso seguros
DA REDAÇÃO
Antes da diversão, é preciso levar a sério a escolha e a instalação
dos brinquedos. Os playgrounds
de plástico são os mais simples de
montar. Apoiados sobre o piso,
os componentes são encaixados
ou aparafusados.
O cuidado começa na compra.
Há normas técnicas que exigem
requisitos mínimos de segurança,
mas não é fácil saber quais fabricantes seguem esses padrões.
"A maior parte das empresas
não tem produtos certificados,
então não é possível saber se elas
cumprem as normas ou não",
alerta Mariano Bacellar Netto, 68,
diretor técnico do IQB (Instituto
Brasileiro de Qualificação e Certificação). As certificadas, segundo
Netto, apresentam na embalagem
o selo do Inmetro e o do IQB
(mão com o polegar erguido).
Outra proteção indispensável é
a do piso, que deve ser recoberto
com areia, grama ou tapetes de
EVA. "A norma determina uma
camada de 30 cm de areia e espessura mínima de 4 cm para os pisos de borracha", completa Netto.
Madeira não-tóxica
Nas casas de madeira, além de
um bom cálculo de estruturas, é
importante cercar a matéria-prima de cuidados. O mais sério refere-se ao tratamento de placas e
toras. Para evitar ataques de fungos e insetos, a madeira geralmente é tratada com CCA.
O problema é que esse produto
contém arsênico, material tóxico.
Assim, desde dezembro do ano
passado é proibido usar madeiras
tratadas com CCA em playgrounds nos Estados Unidos.
No Brasil, as normas vetam o
uso de oito elementos nocivos nos
brinquedos, incluindo o arsênico.
A alternativa é o tratamento com
CCB, à base de boro.
"Também não se deve esquecer
de proteger a madeira de intempéries e de não usar pregos, cujas
cabeças se destacam e podem ferir as crianças", lembra o engenheiro Wenceslao Napolitano.
Desafiadores para as crianças,
paredes de escalada e arborismo
também dão trabalho aos adultos.
As placas com apoio para escalar
são aparafusadas em caibros
chumbados na parede. O metro
quadrado do sistema custa, em
média, R$ 450.
As plataformas para arborismo
também são chumbadas, no
chão, em profundidades de 60
cm, em média. Para a travessia,
podem-se usar cabos de aço ou
cordas, que são mais baratas, mas
precisam ser montadas por monitores especializados toda vez que
o brinquedo for usado.
(BMF)
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