São Paulo, domingo, 10 de outubro de 2004

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PROTEÇÃO

Normas técnicas proíbem o uso de material venenoso em madeiras

Parquinho e casas pedem paredes e piso seguros

DA REDAÇÃO

Antes da diversão, é preciso levar a sério a escolha e a instalação dos brinquedos. Os playgrounds de plástico são os mais simples de montar. Apoiados sobre o piso, os componentes são encaixados ou aparafusados.
O cuidado começa na compra. Há normas técnicas que exigem requisitos mínimos de segurança, mas não é fácil saber quais fabricantes seguem esses padrões.
"A maior parte das empresas não tem produtos certificados, então não é possível saber se elas cumprem as normas ou não", alerta Mariano Bacellar Netto, 68, diretor técnico do IQB (Instituto Brasileiro de Qualificação e Certificação). As certificadas, segundo Netto, apresentam na embalagem o selo do Inmetro e o do IQB (mão com o polegar erguido).
Outra proteção indispensável é a do piso, que deve ser recoberto com areia, grama ou tapetes de EVA. "A norma determina uma camada de 30 cm de areia e espessura mínima de 4 cm para os pisos de borracha", completa Netto.

Madeira não-tóxica
Nas casas de madeira, além de um bom cálculo de estruturas, é importante cercar a matéria-prima de cuidados. O mais sério refere-se ao tratamento de placas e toras. Para evitar ataques de fungos e insetos, a madeira geralmente é tratada com CCA.
O problema é que esse produto contém arsênico, material tóxico. Assim, desde dezembro do ano passado é proibido usar madeiras tratadas com CCA em playgrounds nos Estados Unidos.
No Brasil, as normas vetam o uso de oito elementos nocivos nos brinquedos, incluindo o arsênico. A alternativa é o tratamento com CCB, à base de boro.
"Também não se deve esquecer de proteger a madeira de intempéries e de não usar pregos, cujas cabeças se destacam e podem ferir as crianças", lembra o engenheiro Wenceslao Napolitano.
Desafiadores para as crianças, paredes de escalada e arborismo também dão trabalho aos adultos. As placas com apoio para escalar são aparafusadas em caibros chumbados na parede. O metro quadrado do sistema custa, em média, R$ 450.
As plataformas para arborismo também são chumbadas, no chão, em profundidades de 60 cm, em média. Para a travessia, podem-se usar cabos de aço ou cordas, que são mais baratas, mas precisam ser montadas por monitores especializados toda vez que o brinquedo for usado. (BMF)


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