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Prova de fogo
Etiqueta que informa eficiência do consumo de gás de fogões e fornos deve mudar até dezembro
ROSANGELA DE MOURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Para passar na prova de fogo
da hora da compra, um fogão
precisa mostrar que é eficiente
em termos de consumo de gás.
Mas a maioria dos consumidores queima essa etapa, mais
interessados em critérios como
tamanho e praticidade.
O administrador de empresas Paulo Lacombe, 50, por
exemplo, chegou à loja de eletroeletrônicos com uma trena
para tirar medidas dos fogões.
Em seguida, perguntou
à vendedora se o preço poderia
ser negociado e se o forno ti-
nha acendimento automático
e se era autolimpante.
Escolheu o produto sem
ter lido as etiquetas do Inmetro
(Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Quali-
dade Industrial).
"Considero marca, aparência
e preço itens decisivos. Só olho
a etiqueta ao comprar refrigerador, por causa do gasto de
energia elétrica", justifica.
Trazendo como destaque
dados sobre eficiência energética dos eletrodomésticos, a etiqueta do Inmetro passou a ser
obrigatória em 2003.
Mas o órgão assume que precisa fazer uma campanha para
deixar os consumidores cientes
de que as informações estão
disponíveis nos produtos.
No caso específico de fogões
a gás, a etiqueta traz a eficiência
do consumo tanto para os queimadores como para o forno.
Na etiqueta desse eletrodoméstico, há dois conjuntos de
barras horizontais paralelas coloridas que correspondem a letras, sendo A a mais eficiente.
Eficiência mínima
Quem tem planos de comprar um fogão deve saber que
sua etiqueta vai mudar até dezembro -o Inmetro faz atualizações para acompanhar avanços tecnológicos ou para atender a programas do governo de
economia de energia.
A novidade é o estabelecimento de um índice mínimo de
eficiência, eliminando-se duas
faixas de classificação, F e G.
Só receberão a etiqueta fogões e fornos com eficiência
mínima de 52%, ou seja, que
usem esse percentual de seu
poder calorífico para cozer os
alimentos. Com esse índice, serão classificados pela letra E.
"Para receber letra A, sua eficiência terá de ser igual ou superior a 62%", explica Leonardo Rocha, do Inmetro.
Como a faixa é ampla, deve-se checar a quantidade de quilowatts-hora consumida por
mês, outro dado da etiqueta.
Produtos com eficiência inferior a 52% terão a sua comercialização proibida, e o consumidor deve evitar fazer um mau negócio em queima de estoques desses aparelhos.
Eletrodomésticos sem etiqueta ou com etiqueta desatualizada deverão ser denunciados
na ouvidoria do Inmetro: pelo
telefone 0800-2851818 ou no
site do órgão, www.inmetro.gov.br/ouvidoria/.
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