São Paulo, domingo, 11 de maio de 2008

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Prova de fogo

Etiqueta que informa eficiência do consumo de gás de fogões e fornos deve mudar até dezembro

ROSANGELA DE MOURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Para passar na prova de fogo da hora da compra, um fogão precisa mostrar que é eficiente em termos de consumo de gás.
Mas a maioria dos consumidores queima essa etapa, mais interessados em critérios como tamanho e praticidade.
O administrador de empresas Paulo Lacombe, 50, por exemplo, chegou à loja de eletroeletrônicos com uma trena para tirar medidas dos fogões.
Em seguida, perguntou à vendedora se o preço poderia ser negociado e se o forno ti- nha acendimento automático e se era autolimpante.
Escolheu o produto sem ter lido as etiquetas do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Quali- dade Industrial).
"Considero marca, aparência e preço itens decisivos. Só olho a etiqueta ao comprar refrigerador, por causa do gasto de energia elétrica", justifica.
Trazendo como destaque dados sobre eficiência energética dos eletrodomésticos, a etiqueta do Inmetro passou a ser obrigatória em 2003.
Mas o órgão assume que precisa fazer uma campanha para deixar os consumidores cientes de que as informações estão disponíveis nos produtos.
No caso específico de fogões a gás, a etiqueta traz a eficiência do consumo tanto para os queimadores como para o forno.
Na etiqueta desse eletrodoméstico, há dois conjuntos de barras horizontais paralelas coloridas que correspondem a letras, sendo A a mais eficiente.

Eficiência mínima
Quem tem planos de comprar um fogão deve saber que sua etiqueta vai mudar até dezembro -o Inmetro faz atualizações para acompanhar avanços tecnológicos ou para atender a programas do governo de economia de energia.
A novidade é o estabelecimento de um índice mínimo de eficiência, eliminando-se duas faixas de classificação, F e G.
Só receberão a etiqueta fogões e fornos com eficiência mínima de 52%, ou seja, que usem esse percentual de seu poder calorífico para cozer os alimentos. Com esse índice, serão classificados pela letra E.
"Para receber letra A, sua eficiência terá de ser igual ou superior a 62%", explica Leonardo Rocha, do Inmetro.
Como a faixa é ampla, deve-se checar a quantidade de quilowatts-hora consumida por mês, outro dado da etiqueta.
Produtos com eficiência inferior a 52% terão a sua comercialização proibida, e o consumidor deve evitar fazer um mau negócio em queima de estoques desses aparelhos.
Eletrodomésticos sem etiqueta ou com etiqueta desatualizada deverão ser denunciados na ouvidoria do Inmetro: pelo telefone 0800-2851818 ou no site do órgão, www.inmetro.gov.br/ouvidoria/.


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