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São Paulo, domingo, 12 de outubro de 2003

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Materiais isolam casa de calor e ruído da rua

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Os materiais escolhidos para erguer paredes e coberturas podem ser grandes aliados na economia de energia elétrica.
O arquiteto Maurício Roriz, 58, professor da Universidade Federal de São Carlos e participante do projeto de normatização, explica que, em climas mais úmidos, paredes leves e delgadas, feitas de tijolo cerâmico vazado ou madeira, evitam que o calor acumulado durante o dia provoque temperaturas muito altas à noite.
Em regiões de clima seco, paredes e coberturas espessas e pesadas, como as construídas em pedra ou terra, guardam o calor do dia para combater o frio noturno.
Ele comenta que a casa precisa ser planejada para abrigar seus moradores confortavelmente no verão e no inverno.
Na cidade de São Paulo, no verão deve-se permitir que a ventilação atravesse os ambientes. Se houver janelas em uma única fachada, a porta deve ficar aberta para permitir circulação de ar.
No inverno, a casa poderá permanecer aquecida se as janelas aproveitarem os raios do sol e as paredes internas forem pesadas.

Calor
Fachadas voltadas para o leste ou para o oeste pegam bastante sol quando ele nasce e se põe. Por isso ganham calor.
"Às vezes, são vistas paredes esbeltas na face oeste [que tem forte incidência de sol à tarde], o que resulta em ganho de calor", afirma Roberto Lamberts.
Ele completa que a cobertura deve ser protegida e pintada de cores claras, e não ser revestida com materiais porosos, que não absorvem água e não refrescam.
"Em lugares quentes, é fácil exagerar nos elementos para fazer sombra e prejudicar a iluminação no interior", comenta Fernando Pereira, 47, coordenador dos textos de iluminação natural e professor do departamento de arquitetura e urbanismo da Universidade Federal de Santa Catarina.
Ele conta que isso acontece porque muitos arquitetos optam por elementos fixos para proporcionar mais sombra.
"Em residências, é melhor dispor de recursos reguláveis, como persianas e cortinas", comenta Adelmo Ramos, do Senac.

Som
Para o engenheiro Mauricy Souza, coordenador da comissão de estudos de conforto acústico, o problema é o ruído externo.
"Pode ser minimizado por certas medidas, como janelas acústicas. O que tem trazido mais desentendimentos, no entanto, é o barulho entre apartamentos."
Se o ruído for apenas escutado, e não sentido, causando vibrações, a janela acústica retoma o silêncio. "A caixilharia deve ter vedação especial", diz Luis Carlos Gusson Junior, gerente técnico da Vibrasom Tecnologia Acústica.



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