São Paulo, domingo, 15 de fevereiro de 2004

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Construções em taipa já foram maioria em SP

NEUZA TASCA
DA REDAÇÃO

Quem visita o museu do Pátio do Colégio (região central de São Paulo) vê, preservada, parte de uma das mais antigas construções jesuíticas, feita em taipa, da Vila de Piratininga. Até meados do século 19, São Paulo era toda construída assim.
O difícil acesso à vila, lugar de passagem dos bandeirantes, privou-a das novidades vindas do porto de Santos.
Portanto, os jesuítas, primeiros colonizadores e construtores da cidade, sem mão-de-obra especializada e com a ajuda de índios e escravos, edificaram igrejas, conventos e moradias em taipa. Construções em tijolos só surgiram em meados e no final do século 19.
O "boom" do café, a construção das estradas de ferro e a imigração de mão-de-obra européia especializada tiraram São Paulo do isolamento. As novidades subiram a serra, mudando a forma de construir e a cara da cidade.
Hoje, muitas construções em taipa podem ser vistas no centro, como o convento de São Francisco ou a casa da Marquesa de Santos.
A falta de recursos levou os jesuítas a construir em taipa e, hoje, com tecnologia avançada e com o desenvolvimento dos materiais de construção, volta-se ao passado para resolver o problema da moradia popular.



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