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São Paulo, domingo, 16 de março de 2003

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É preciso tato para lidar com a mão-de-obra

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Abusar da talhadeira para abrir paredes e exagerar em detalhes construtivos são exemplos de como os gastos com mão-de-obra podem implodir o orçamento.
"No Brasil, as construções demoram duas vezes mais para ficarem prontas do que nos EUA ou na Holanda", afirma Alexander Capela Andras, diretor da ABCP.
Ele se baseia em dados da consultoria McKinsey Global Institute, segundo os quais, enquanto americanos e holandeses constroem 100 m2 em mil horas, o brasileiro só chega a 35 m2.
As horas extras de trabalho não saem baratas. Desde fevereiro passado, o custo da mão-de-obra (que representa 53% do custo total da obra) subiu 10,26%.

Projeto
Consultar um engenheiro, arquiteto ou projetista para elaborar o desenho da casa ajuda a gastar menos. "Um projeto coerente aproveita todo o material, sem precisar recorrer a recortes", comenta Andras.
As dimensões do material também devem ser consideradas. Tijolos e blocos maiores recebem menos cimento e areia, e telhas de grandes dimensões economizam no ripamento do telhado.
Com o vidro, no entanto, o contrário pode ser mais econômico. "Quanto maior a peça de vidro, mais cara. Pode valer a pena desenhar esquadrias mais moduladas e obter recortes menores com vidraceiros", explica o arquiteto Cláudio Porsé Cleis.
Projeto e planejamento reduzem custos. "Como sabia que ia gastar bastante em instalações hidráulicas e esquadrias, defini limites de custos para o acabamento", diz Mercia Barros.
"Quem compra concreto usinado e massa pronta tem mais controle sobre seu uso", comenta Francisco Vasconcellos, 45, vice-presidente do Sinduscon. (BMF)


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