São Paulo, domingo, 16 de novembro de 2008

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Novo de novo

Troca de revestimentos e acessórios permite reusar móveis velhos em uma nova decoração

Alexia Santi/Folha Imagem
A arquiteta Denise Monteiro usou uma estante que ficava na sala como cabeceira da cama em seu quarto

MARIANA DESIMONE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Em tempos de crise econômica mundial e de consciência ambiental, a ordem é reciclar. Assim, ao mudar a decoração da casa, nada melhor do que dar um novo uso a um velho móvel -com uma troca do revestimento, por exemplo.
Mas como saber se vale investir nesse tipo de reforma? "Se é um objeto bom e que combine com a decoração, não há por que jogar fora", diz a arquiteta Fernanda Bortoluzzo.
Para ela, bons tapeceiros e marceneiros podem fazer toda a diferença na hora de reavivar itens queridos do mobiliário.
"Em um sofá muito arredondado, que esteja fora de moda, dá para reformar os braços e os assentos para que ele fique mais atual, com linhas retas", exemplifica a arquiteta.
Quando se trata de estofados, é possível fazer quase tudo. "Às vezes a pessoa quer manter o sofá, mas mudá-lo um pouco", explica o designer e estilista Joaquim Pedro Palma, da loja Futon & Home.
Sua dica é substituir os assentos por "futons". Para fazer isso em um sofá de três lugares, o custo é de R$ 1.500.
Bortoluzzo também dá dicas para aproveitar uma cortina fora de seu uso original. "Se é de algodão natural, o tecido pode ser tingido de outra cor. Se é de voile, linho ou seda, pode-se usá-la em capas de almofada ou em uma colcha."

Novos ares
A mudança para um apartamento menor levou a aposentada Maria Luiza Aguirre, 60, a repensar o uso de alguns de seus itens.
"Eu não queria dar o meu tapete marroquino nem a máquina de costura. São peças lindas, cheias de memória", relata.
Para não desapontar a cliente, a arquiteta Marta Rosolino soube casar os novos ambientes com a mobília já existente.
"Como sala e cozinha são integradas, colocamos o móvel da máquina de costura como um aparador entre os dois cômodos", explica.
Mas foi o tapete que realmente ganhou papel diferenciado na nova casa. Usado como painel, ele divide o closet do resto do quarto.
"Como há dois armários bem grandes no quarto da Maria Luiza, um de frente para o outro, não ficaria bom se ela tivesse que olhar para o fundo de um deles. O tapete funcionou muito bem", conta. O gasto foi de R$ 500, já com o varão para pendurá-lo e a mão-de-obra.


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